Pernambuco amarga segundo ano de perda de conquistas

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Pernambuco está encerrando 2016 estagnado, marcando o segundo ano seguido de perda das conquistas mais importantes para a população. A falta de liderança, de articulação política e de rumo fizeram o Estado perder relevância no cenário nacional e recuar no atendimento à população.

Segundo o deputado Silvio Costa Filho (PRB), que esta semana foi reconduzido para a Liderança da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para mais um biênio (2017/2018), a situação do Estado é fruto do descontrole financeiro, que está fazendo Pernambuco deixar, novamente, um saldo de mais de R$ 1 bilhão em restos a pagar para o ano seguinte.

O parlamentar lembra que a situação de colapso financeiro contrasta com o volume de recursos extras que o Governo recebeu nos últimos dois anos, que alcançam a marca de quase R$ 2 bilhões. “O que o Governo de Pernambuco recebeu de recursos extras nesses dois anos equivale a uma venda da Celpe, que em 2000 foi arrematada por R$ 1,78 bilhão, e ajudou o Governo Jarbas a equilibrar as finanças e tocar obras importantes, como a duplicação da BR-232”, comparou Silvio, lembrando que Jarbas recebeu o Estado em colapso financeiro, com folhas de pagamento atrasadas, e que os recursos da venda da Celpe ajudaram a gestão a sanear ascontas.

A comparação do líder da Oposição foi feita com referência aos R$ 700 milhões da venda da folha de pagamentos em 2015, aos R$ 500 milhões do pacote de aumento de impostos aprovado no final do ano passado, os R$ 400 milhões arrecadados com o programa de recuperação de créditos fiscais e os R$ 250 milhões obtidos com a repatriação de divisas promovida pelo Governo Federal.  “Somando tudo, o Estado teve um reforço de caixa de mais de R$ 1,8 bilhão, mais que o valor da Celpe. No entanto, mesmo com esse volume extra de recursos, o Governo Paulo Câmara não conseguiu atender aos anseios da população, que passa da fase de frustração para a de desalento, praticamente perdendo as esperanças de resposta do Executivo”, avaliou Silvio.

Para o parlamentar, a marca do Governo Paulo Câmara, que chega agora a sua metade, é a falta de rumo. A saúde e a segurança pública são as áreas onde os efeitos da paralisia do Estado mais assustam a população. “Na segurança, enquanto mede força com as associações militares, o Governo assiste sem poder de reação a criminalidade crescer pelo terceiro ano consecutivo. Já contabilizamos mais de 4.150 homicídios até o último dia 11, superando a marca de 4 mil assassinatos em um ano, o que não acontecia desde 2009”, lamentou.

Silvio lembrou ainda as obras de mobilidade, prometidas para a Copa do Mundo de 2014, que continuam. “Os corredores Norte-Sul e Leste-Oeste do BRT, o projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe e o trecho urbano da BR-101 são apenas algumas das 911 obras paradas, apontadas em relatório do Tribunal de Contas do Estado”, destacou Silvio Costa Filho, lembrando que muitas dessas obras possuem recursos liberados e depositados na Caixa Econômica.

A Arena Pernambuco, destaca Silvio, continua sem solução e consumindo mais de R$ 35 milhões mensais. O parlamentar também lembrou as obras do Centro Integrado de Ressocialização (CIR) de Itaquitinga, que já deveria estar em funcionamento há quatro anos; além da PPP do Saneamento, que não conseguiu executar sequer 15% do orçamento previsto.

Para 2017, Silvio Costa Filho reforça que a Oposição vai continuar exercendo seu papel de fiscalizar as ações do Estado, denunciando os erros, apoiando os acertos e propondo formas diferentes de agir. “Retomaremos as visitas do Pernambuco de Verdade e continuaremos optando por uma atuação propositiva. Apesar de na maioria das vezes ter recebido o silêncio como resposta do Governo, renovamos nosso compromisso de manter a luta, em 2017, para ajudar a construir um Pernambuco melhor para todos os pernambucanos”, ressaltou.

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