Rodrigo Novaes vence disputa e é o novo Conselheiro do TCE-PE

Nesta terça(23), com a conclusão da votação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), Rodrigo Novaes foi escolhido como o novo Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).

Rodrigo obteve 30 votos, Joaquim Lira, 18 votos e 1 voto foi nulo.

Com sua experiência no setor público e conhecimento técnico, espera-se que Novaes desempenhe um papel importante na garantia da transparência, eficiência e responsabilidade na gestão dos recursos do estado.

A nomeação de um novo Conselheiro é um marco para a governança e o controle fiscal em Pernambuco, reforçando o compromisso das autoridades com uma gestão pública mais transparente e eficaz.

Diogo Moraes assumirá a vaga anteriormente ocupada por Rodrigo.

Aras pede ao STF que suspenda indulto natalino concedido por Bolsonaro

O procurador-geral da República Augusto Aras e o ex-presidente Jair Bolsonaro
Imagem: Lúcio Tavora/Xinhua

 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que declare inconstitucional o indulto natalino concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, que beneficiou presos por diversos tipos de crimes com penas de até cinco anos de prisão.

O que aconteceu:

Aras argumenta que o indulto ampliou “de forma excessiva e desproporcional o perdão a um universo extenso de tipos penais, sem estabelecer critérios mínimos de concessão”, fato que “contraria” a Constituição, “suprime a eficácia da persecução penal e contribui para a impunidade”.

O PGR solicita ao STF liminar para suspender imediatamente a eficácia do indulto a fim de “evitar o esvaziamento de uma série de decisões condenatórias e o desencarceramento em massa de condenados”.

Para o procurador, o perdão presidencial concedido por Bolsonaro envolve condenados por uma série de crimes previstos nos códigos Penal e Eleitoral, como homicídio culposo, lesão corporal grave, posse irregular de arma de fogo de uso permitido, caça ilegal, desmatamento, boca de urna, divulgação de fake news em propaganda eleitoral, entre outros.

Aras também aponta que o limite de cinco anos adotado para a concessão do benefício leva em consideração a pena máxima prevista na lei para cada um dos ilícitos cometidos e não o total aplicado na sentença.

Para o PGR, essa possibilidade “premia com excessiva generosidade” aqueles que cometeram quantidade maior de crimes, uma vez que fica perdoada a totalidade da condenação, independentemente da punição concretamente imposta na sentença.

Aras salienta que, embora o indulto natalino seja uma prerrogativa do presidente da República, não se trata, porém, de um poder ilimitado ou isento de controle judicial, sobretudo quando essa decisão “significa ignorar deveres estatais de proteção a direitos inerentes ao ser humano”, como a proteção à vida, à segurança e à integridade física.

“O dispositivo exorbitou manifestamente os limites do sistema de freios e contrapesos, e malferiu os pilares do sistema de Justiça e do próprio Estado de direito democrático, sem promover, em contrapartida, a realização de quaisquer valores humanitários, tampouco prestigiar objetivos de política criminal”, afirmou o PGR, ressaltando que “o decreto está na contramão do processo evolutivo dos direitos fundamentais plasmados na ordem jurídica interna e internacional”.

Na semana passada, o ex-deputado Paulo Maluf teve suas penas extinguidas no STF graças ao indulto dado por Bolsonaro. O benefício restringiu-se a pena privativa de liberdade e manteve a inelegibilidade do político.

Caso é diferente da graça concedida a Silveira, diz Aras

Na ação enviada ao STF, Augusto Aras destacou que o indulto natalino concedido por Jair Bolsonaro em 2022 é diferente daquele concedido pelo ex-presidente ao ex-deputado federal Daniel Silveira, condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por ataques ao Supremo.

Aras salienta que a graça concedida a Silveira foi “estritamente política” e dentro da Constituição. No começo do mês, o STF revogou o indulto dado ao ex-parlamentar por entender que houve desvio de finalidade no perdão a Silveira.

O deputado está detido em Bangu 8, no Rio de Janeiro, onde cumpre prisão preventiva. Ele foi detido em fevereiro por descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo, como o uso de tornozeleira.

Além da pena de prisão, o STF também condenou Silveira à perda dos direitos políticos por oito anos. Embora não impeça uma eventual candidatura, o caminho mais provável neste cenário é que o registro seja cassado pela Justiça Eleitoral, como ocorreu em 2022, quando ele tentou ser candidato ao Senado.

Uol

Após cassar Dallagnol, TSE se prepara para degolar Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP

O atual Tribunal Superior Eleitoral é um pesadelo para a extrema-direita. Acaba de cassar o deputado Deltan Dallagnol (Pode-PR), ex-chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. Agora, prepara-se para degolar Jair Bolsonaro, com um julgamento que tem tudo para terminar com a retirada, por oito anos, do direito de o ex-presidente voltar a disputar eleição. 

É um cenário que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado do capitão até o ano passado, diz que acha até bom. Para ele, Bolsonaro seria melhor como cabo eleitoral do que como candidato.

O julgamento à vista é o de uma ação movida em agosto de 2022, quando a campanha presidencial já estava em curso. O PDT acusou Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Baseava-se na pregação do capitão contra o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas. Foi algo que Bolsonaro fez, por exemplo, em uma reunião com embaixadores de países estrangeiros em 18 de julho, no Palácio da Alvorada, transmitida pela TV pública federal. Essa reunião está no centro da ação.

Nos bastidores do TSE, comenta-se que o corregedor-geral da corte, ministro Benedito Gonçalves, prepara um voto contundente e robusto, de mais de 400 páginas, a favor de considerar Bolsonaro culpado da acusação. Como o réu não se elegeu, não pode ser punido com cassação do mandato. Mas pode ter os direitos políticos retirados por oito anos.

Seria uma decisão tomada em tempo recorde neste tipo de caso. Recorde-se que o TSE levou três anos para julgar uma ação movida pelo PSDB contra a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer na eleição de 2014 e que só foi julgada três anos depois. O resultado foi a absolvição da chapa por 4 votos a 3. 

O que se desenha hoje é uma derrota de Bolsonaro por 5 a 2. Diferentemente de outros tribunais, o TSE tem uma composição que muda com frequência. Dos sete membros titulares, três são do Supremo Tribunal Federal (STF), dois são do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois são advogados. O mandato de cada um é de dois anos, podendo ser renovado por mais dois.

Nos últimos dias, venceram os mandatos dos membros-advogados, Sérgio Banhos e Carlos Horbach. Ambos chegaram à corte em 2017, indicados por Temer, mas para ficar no banco de reservas, que também tem sete cadeiras. Foi com Bolsonaro que se tornaram ministros-titulares.

Em um sábado de outubro de 2021, às vésperas de se tornar titular, Horbach encontrou o capitão no Palácio da Alvorada às escondidas. É o que se soube, através da Folha, com a quebra do sigilo comunicacional do então ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência, o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid. O militar havia recebido uma mensagem a respeito do encontro escrita pelo então chefe de gabinete de Bolsonaro, Célio Faria.

Os substitutos de Horbach e Banhos serão indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um deles já é dado como certo em Brasília. Será o professor de Direito Floriano de Azevedo Marques, ex-diretor da Faculdade de Direito da USP. Um nome escolhido por um acordo do governo Lula com o comandante do TSE, Alexandre de Moraes, de quem Azevedo Marques é amigo. 

A outra escolha deve ser uma mulher. No páreo, há três advogadas, conforme comenta-se em Brasília. Marilda Silveira, assessora especial do ministro da Justiça, Flavio Dino. Gabriela Araújo, esposa do ex-presidente do PT paulista Emídio de Souza e amiga da primeira-dama, Janja da Silva. E Edilene Lobo, de Minas Gerais.

Com a designação de uma dessas três advogadas e a de Azevedo Marques, haverá uma sólida maioria no TSE contra Bolsonaro a juntar ainda Moraes, Gonçalves, que é do STJ, e Carmen Lúcia, que é do STF. A favor do ex-presidente, ficariam Nunes Marques, que chegou ao Supremo pelas mãos do capitão, e Raul Araújo, outro do STJ, que é tido como simpatizante do ex-presidente. 

Araújo assumirá em novembro o lugar de Gonçalves como corregedor. A Corregedoria é quem cuida de ações que pedem a cassação de candidato presidencial. O cargo é sempre exercido no TSE por um ministro do STJ, em um rodízio anual. Caberia a Araújo cuidar da ação do PDT contra Bolsonaro, depois do mandato de Gonçalves. E, nessa função, ele poderia cozinhar o assunto em banho-maria. Eis uma das razões para sugerir que Moraes, o comandante do TSE, logo colocará o processo na pauta do plenário.

Depois de o julgamento começar, Nunes Marques e Araújo poderiam pedir vistas do caso, ou seja, mais tempo para pensar, o que automaticamente adiaria a decisão. Foi para impedir que uma manobra pró-Bolsonaro desse tipo adiasse a decisão indefinidamente, que Moraes levou o TSE a aprovar, em fevereiro, uma medida interna que limita a 60 dias o tempo máximo de um pedido de vistas.

 

Mesmo que Nunes Marques e Araújo peçam vistas um depois do outro, ou seja, consigam protelar as coisas por 120 dias, e mesmo considerando-se o recesso de julho do tribunal, seria possível o tribunal concluir o julgamento da degola de Bolsonaro antes do fim do mandato de Gonçalves como corregedor. Isso, na hipótese pautar o julgamento nos próximos dias.

E não importa que haja mais 15 ações contra o capitão no tribunal. Na Justiça Eleitoral, as penas dos condenados não se somam. Basta retirar os direitos políticos de Bolsonaro uma vez, por oito anos, que ele ficará fora das urnas nas próximas eleições. Condená-lo mais 15 vezes não ampliaria a punição para além de oito anos.

Depois de Dallagnol e Bolsonaro, outro representante da extrema-direita que provavelmente terá de acertar contas com o TSE é o senador Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato. O PL, partido do capitão, pede a cassação dele por irregularidades na campanha. O caso está na Justiça Eleitoral do Paraná, e se esta absolver o ex-juiz, como fez com Dallagnol, o processo chegará ao TSE. 

Até lá, porém, Moro pode ter mais sorte. Em algum momento a partir do ano que vem, a composição da corte mudará, e aí a maioria sólida contra Dallagnol (7 a 0 pela cassação dele) e contra Bolsonaro (5 a 2, pelo que se desenha), poderá não existir mais.

Carta Capital

Deputado Jarbas Filho visita Lagoa Grande recepcionado pelo prefeito Vilmar Cappellaro

O prefeito Vilmar Cappellaro e a vice-prefeita Catharina Garziera receberam nesta quinta-feira (18) o deputado estadual Jarbas Filho (PSB), em um encontro realizado em Lagoa Grande com a presença do ex-prefeito Jorge Garziera; além de secretários, vereadores, colaboradores, imprensa e lideranças políticas. O gestor recepcionou o deputado na sede da prefeitura e logo em seguida a comitiva foi visitar algumas obras em andamento, entre elas, o estádio de futebol. O prefeito Vilmar Cappellaro destacou a importância da visita do parlamentar ao município e pontuou algumas ações articuladas pelo deputado.

“Através do mandato de Jarbas Filho, estamos com oito milhões de reais em verbas parlamentares garantidas por meio do senador Fernando Dueire (MDB-PE), sendo um milhão para a saúde”, enfatizou o prefeito. O gestor concluiu dizendo que Lagoa Grande vai assistir muita coisa boa através do mandato de Jarbas Filho. Jarbas Filho disse que a agenda ao município foi para agradecer ao povo lagoa-grandense pela votação recebida.

“Essa cidade tem um significado muito importante na minha vida, aqui foi construída minha candidatura para a Assembleia Legislativa. Vilmar foi o primeiro prefeito que empunhou minha bandeira, apostou e confiou”, declarou o parlamentar.

“Lagoa Grande é uma prioridade do nosso mandato! O gesto que essa cidade fez por mim não existem palavras para agradecer, mas irei demonstrar minha gratidão com muito trabalho, empenho e dedicação ajudando o município a vencer seus desafios e fortalecer suas potencialidades. O meu gabinete na Alepe é uma extensão dessa cidade”, completou Jarbas Filho.

Texto: Ascom

Fotos: Mauricio Alves

Moro cogita renúncia e sair do Brasil, diz colunista

Depois de Dallagnol, Moro tem medo de ser alvo de cassação – Geraldo Magela/Agência Senado

O senador Sergio Moro (União-PR) cogita renunciar o seu mandato e deixar o país. O motivo da renúncia seria para antecipar uma possível cassação de seu mandato. De acordo com o colunista Daniel Cesar, do portal IG, o parlamfentar procurou amigos e aliados que moram nos Estados Unidos na busca por um emprego, com isso, garantindo a sua permanência no país norte-americano.

Conforme a coluna de Cesar, um aliado do senador informou que o objetivo de Moro é renunciar e alegar que é “perseguido” politicamente.
“A notícia procede, mas estamos tratando internamente e com sigilo. Ele sabe que vai ser cassado, então precisa controlar a narrativa. Ficar gritando que foi injustiçado resolve? Talvez, mas só para um grupo. O movimento de renúncia e denunciar que é perseguido político para o mundo dá certo”, aponta o aliado de Sergio Moro.
Um dos exemplos citado é o caso do ex-deputado federal Jean Wyllys. “O melhor exemplo é o Jean que vendeu para o mundo todo que o Brasil vivia com a democracia contaminada”, diz. O aliado do senador ainda apontou que a “tendência é que o Moro vire o Jean Wyllys da direita”.
Interlocutores dizem que a princípio o senador rejeitou a ideia, pois “não é homem de fugir da luta”. No entanto, com a cassação de seu mandato dada como certa, ele mudou de ideia.
Outro ponto que fez o senador mudar de opinião foi a garantia de um bom emprego no exterior.
“Existe a problematização da esposa . Ela está muito feliz como deputada e não quer ir embora do Brasil. Mas isso é facilmente contornável”, aponta um aliado do senador.
Questionado sobre quando a renúncia deve acontecer, a resposta foi vaga. “Quando ele sentir que está emparedado e que é a única alternativa”.
O Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi à Justiça para cassar o mandato do senador. A ação pede a investigação de supostas irregularidades em gastos e doações antecipadas da campanha de Moro.
Estado de Minas