Encontro esclarece dúvidas sobre a cirurgia bariátrica

Dr Walter França - foto Adriana Ximenes (14)

Cada vez mais popular entre os tratamentos para combater a obesidade, a cirurgia bariátrica ainda é cercada de muitas dúvidas, principalmente por parte dos pacientes. Será que posso me submeter a esse procedimento? Vou poder comer como antes após a cirurgia? E a mulher que passa por uma cirurgia de estômago pode engravidar? Ela deve ter algum cuidado extra nesse período? Essas e outras questões poderão ser esclarecidas nesta segunda-feira (24/04), a partir das 19h, no Hospital Esperança (7º andar do anexo 3), durante encontro aberto ao público realizado pelo  cirurgião bariátrico Walter França. Na ocasião, haverá palestra de nutricionista e psicóloga, bem como, depoimentos de pacientes já operados. Além de fazer uma explanação geral e esclarecer dúvidas sobre a bariátrica, o cirurgião Walter França irá repassar informações sobre o procedimento com uso da robótica, técnica minimamente invasiva capaz dar uma visão de 360 graus ao profissional, permitindo um campo 10 vezes maior da área a ser operada e uma recuperação mais rápida ao paciente.          

Entre os procedimentos mais usados na cirurgia bariátrica estão o Bypass intestinal  e o Sleeve.  No Sleeve ou Gastrectomia Vertical, o estômago do paciente é grampeado em forma de tubo que vai do esôfago ao duodeno. Assim se reduz o estômago em até 80% do seu tamanho. O novo órgão fica com 150 ml a 250 ml e com  forma parecida a um tubo gástrico.” Nessa  redução se retira parte do fundo gástrico, região que produz o hormônio grelina, responsável pela sensação de fome. Após a cirurgia, o apetite diminui. Esse procedimento é indicado para paciente com obesidade 3 e mórbida principalmente o que possuem problemas intestinais ou quadro de anemia importante”, enfatiza.

No Bypass intestinal de Forbi Capella há um desvio do intestino delgado fazendo com que o paciente absorva menos gordura do que antes. Todo o intestino continua funcionando normalmente e a absorção de vitaminas e minerais permanece a mesma. “A média de perda de peso do paciente  que se submete ao Bypass, oscila entre 40%, mas pode variar entre 25% e  55%”, relata a profissional.

De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França os quilos a mais não interferem apenas na autoestima dos pacientes, mas colaboram para desencadear várias doenças como problemas cardiovasculares, câncer, depressão, hérnias, diabetes II, dermatites e dislipidemia(alteração do colesterol). Apnéia do sono, incontinência urinária, disfunções  hormonais e erétil nos homens, doenças articulares e do refluxo, entre outros problemas, acometem que está bem acima do peso. Hoje já é possível operar um paciente com índice de massa corpórea (IMC) partir de 30, com doenças correlatas e, como qualquer outra cirurgia, a bariátrica tem riscos, mas as doenças relacionadas ao excesso de peso, matam muito mais. “O risco de óbito numa  cirurgia bariátrica é de 0,3, já a obesidade mata 10 vezes mais”, relata o profissional.

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