A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (3), um homem de 24 anos por suspeita de estuprar a tia, de 50 anos, e de tentar violentar o neto da vítima, de 8 anos, no dia 10 de dezembro do ano passado. O crime ocorreu pouco depois que o homem conquistou o direito a ficar em liberdade condicional. O suspeito já tinha cumprido quatro dos oito anos de condenação por abusar uma menina de 9 anos.
De acordo com o delegado de Gilmar Rodrigues, a tia, compadecida da sua situação, abrigou o suspeito no dia da sua soltura, há dois meses. O crime ocorreu na casa da vítima, em Peixinhos, em Olinda, no Grande Recife.
“Ele não tinha onde ficar e a tia ofereceu ajuda, mas assim que chegou à residência já começou a espancá-la. Ele bateu muito nela, amarrou o pescoço, colocou um pano na boca e a estuprou. Em todo o momento, a ameaçava com uma faca no pescoço”, contou o delegado.
O homem só parou com a chegada da filha e do neto da vítima ao local. Ele teria se assustado ao ouvir o portão da casa abrir. Ao entrar na sala, a filha foi empurrada pelo suspeito. O neto, com medo, saiu correndo em direção ao quintal. Segundo Rodrigues, em vez de fugir, o homem teria corrido atrás do menino na intenção de estuprá-lo.
“Ele só parou de correr atrás da criança quando ela foi para a rua. Ele só fugiu quando percebeu que os vizinhos estavam se reunindo na rua”, completa revoltado ao dizer que não entende como liberam um homem com esse histórico criminal.
“Saiu sem um estudo criminológico, um exame psicológico. Ele é completamente tarado, não usa cueca”. O suspeito foi preso no trabalho. Ele atuava como segurança de uma farmácia perto da estação de metrô de Cavaleiro, em Jabotaão dos Guararapes, no Grande Recife.
O delegado acredita que ele fez outras vítimas desde o dia que sou solto. “Ele estava todo molhado quando o prendemos. Tênis ensopado, calça molhada. Parece que estuprou alguém e passou água no corpo. Ele alegou que tinha tomado banho, mas ninguém toma banho de roupa”, diz.
A prisão foi expedida pela 3ª Vara Criminal de Olinda. Após ser ouvido, o homem será encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) e depois levado para o Centro de Observação e Triagem de Abreu e Lima (Cotel), na Região Metropolitana do Recife.
G1/PE