O retorno dos trabalhos na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi marcado pelo debate entre a Bancada de Oposição e a base do Governo na Casa. Destacando a importância do debate do contraditório e o papel da oposição para qualquer Governo, o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da bancada oposicionista, destacou a preocupação dos parlamentares com a situação fiscal do Estado e seus desdobramentos para a sociedade.
“Infelizmente, vivemos num Estado sem Governo, sem rumo e sem direção”, afirmou Silvio, destacando que Pernambuco hoje é um Estado dependente do Governo Federal, de operações de crédito e de fontes extraordinárias de recursos, como o programa de recuperação de créditos fiscais, o aumento de impostos, e a cota estadual da repatriação de divisas, feita pela União.
“Em dez anos de gestão do PSB, a dívida pública subiu de R$ 4,4 bilhões para mais de R$ 12 bilhões de reais. Nos últimos dois anos, Pernambuco encerrou o exercício com mais de R$ 1 bilhão de restos a pagar, quando em 2013 e 2014 esse valor girava em torno de R$ 350 milhões. Até mesmo o FEM, criado em 2013, teve seus desembolsos reduzidos de R$ 142 milhões em 2013 para a média de R$ 65 milhões em 2015 e 2016”, destacou o deputado.
Para Silvio, o desequilíbrio fiscal do Estado é refletido nos serviços prestados à população, como na precariedade do sistema público de saúde, no crescimento da violência no Estado, na paralisação de mais de 900 obras públicas, na estagnação dos projetos de mobilidade, entre outros problemas. “Em 2017, vamos intensificar as visitas do Pernambuco de Verdade nas microrregiões do Estado, as agendas de audiências públicas e o debate sobre as finanças estaduais. Da Oposição, o Governo e a bancada governista podem esperar o apoio quando os interesses do Estado estiverem em jogo, mas não vamos abrir mão de apontar os erros e de sugerir alternativas para a construção de um Pernambuco mais justo para todos”, afirmou.