Fiscalização federal chega à ‘carne’ de Pernambuco

CURITIBA, PR - 17.03.2017: OPERAÇÃO-CARNE FRACA - Movimentação na sede da Superintendência da Polícia Federam em Curitiba. Foi deflagrada nesta sexta-feira, 17, a Operação Carne Fraca para combater corrupção de agentes públicos federais e crimes contra Saúde Pública. A Justiça mandou bloquear até R$ 1 bilhão dos investigados. (Foto: Geraldo Bubniak/AGB/Folhapress)

A fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em estabelecimentos produtores e fabricantes de carne e derivados chega a Pernambuco.

A auditoria começa três semanas antes do previsto, por orientação do ministro Blairo Maggi e pelo fato de a força-tarefa ter encerrado os trabalhos antes do previsto nos estabelecimentos citados na Operação Carne Fraca da Polícia Federal. Além de Pernambuco, já estão sendo realizadas ações na Bahia, no Tocantins, no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e em São Paulo.

De acordo com o ministro, as equipes de fiscalização nesses estados terão rodízio com troca de posições e até possíveis substituições de superintendentes. “Queremos que essas auditorias nos deem a situação real de como estão funcionando os serviços de inspeção em cada estado. Todos os resultados serão divulgados e compartilhados com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal”, garantiu.

O Mapa não informou quantos estabelecimentos serão fiscalizados no estado, nem se há diferenciação da auditoria pelo fato de não haver citações na operação Carne Fraca. O secretário-executivo do Ministério, Eumar Novacki, apresentou nesta quinta-feira (6) novo balanço das auditorias dos 21 estabelecimentos do primeiro bloco de auditorias e reafirmou que toda a investigação segue sendo feita com transparência e ressaltou a robustez do sistema de fiscalização sanitária do país.

Das 302 amostras de produtos coletadas na força-tarefa, 31 (10,2%) apresentaram problemas de ordem econômica, não necessariamente fraudes, mas a não observância de normas técnicas, como excesso de amido em salsicha ou adição de água, além do permitido, em frango. Das 302, oito amostras (2,6%) tiveram pequenos problemas, mas capazes de afetar a saúde pública.

“Também por determinação do ministro Blairo Maggi, todos os indícios de crime, seja contra a saúde pública ou de ordem econômica, serão encaminhados ao Ministério Público e à Polícia Federal para devidas providências. Nós, no Mapa, estamos limitados à esfera administrativa, cabendo à Justiça e à Polícia Federal investigar, prender, processar e condenar”, observou Novacki.

Para reconquistar a confiança dos mercados e mostrar a robustez do sistema de fiscalização de produtos de origem animal do Brasil, o secretário-executivo irá viajar, entre os dias 17 e 27 de abril, para se reunir com autoridades dos governos do Irã, Egito e Argélia. Em maio, o ministro Blairo visitará a China, Hong Kong, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Europa para intensificar as negociações com importadores da carne brasileira.(Blog Edenevaldo Alves)

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