Líder do DEM deverá ser o relator da PEC do Foro na CCJ da Câmara

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BRASÍLIA – Líderes na Câmara disseram ao GLOBO que em tese são favoráveis ao fim do foro privilegiado, mas que a prioridade na Câmara é a aprovação das reformas. Eles lembram que a questão é tratada em Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que precisa passar pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) e depois por uma comissão especial. Na comissão especial, a pressa vai depender de um acerto político, pois o prazo médio é de 90 dias de discussão. E avisam que em relação ao projeto sobre abuso de autoridade, a questão não será tratada de forma “açodada”, porque o temor é que seja uma manobra para impedir os avanços da Lava-Jato.

O líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), disse que será o relator da PEC na CCJ, porque já relatou outras PECs sobre o tema na comissão.

— Serei o relator da questão do foro na CCJ. Mas depois há uma tramitação em comissão especial, que pode levar 180 dias. Temos que analisar. Mas a Câmara não pode pecar por inércia ou omissão – disse Efraim Filho ao GLOBO.

O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), concorda com o fim do foro e lembrou que ele mesmo já apresentou uma PEC com a proposta.

Mas o projeto sobre abuso de autoridade será analisado com calma. O temor é de aprovar algo que seja encarado como uma manobra contra as investigações da Lava-Jato.

— Temos que analisar o texto. Não podemos aprovar nada que signifique retrocesso ao combate à corrupção – disse Efraim Filho.

— É preciso ter cuidado. Não vamos votar isso de forma açodada — acrescentou Rubens Bueno.

O líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), deixou claro que a prioridade são as reformas trabalhista e da Previdência.

— Chegando aqui, temos que discutir. Mas agora as reformas são prioritárias — disse Baleia Rossi.

O Globo

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