O inferno astral do presidente Michel Temer (PMDB) por conta da delação premiada do empresário Joesley Batista e de outros diretores da JBS ainda não acabou. Em sua delação, o dono da JBS afirmou que Temer pediu e recebeu R$ 15 milhões do grupo empresarial para distribuir entre aliados em 2014.
e acordo com o diretor da JBS Ricardo Saud, Temer “roubou” R$ 1 milhão para ele próprio. Em vez de gastá-lo em campanha, ele guardou para si.
“Nesse caso aqui inclusive tem uma passagem interessante, porque o Michel Temer fez uma coisa até muito deselegante. Nessa eleição, eu vi só dois caras roubar dele mesmo. Um foi o (ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto) Kassab e outro foi o Temer. O Temer me deu um papelzinho e falou: ó, Ricardo, tem R$ 1 milhão que eu quero que você entregue em dinheiro nesse endereço aqui. E me deu o endereço”, falou.
Saud completou que o presidente Temer “atuou em diversas oportunidades em favor dos interesses das empresas do grupo”.
O final de semana será decisivo para a política brasileira. De acordo com a coluna Painel, da Folha de São Paulo, os caciques dos principais partidos aliados de Temer decidirão nas próximas 72 horas se abandonarão o governo ou se permanecerão.
Segundo a publicação, PSDB e DEM decidiram que se desembarcarem do Planalto, o farão juntos. Os presidentes do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e do DEM, Agripino Maia (RN), combinaram de falar sobre a situação do governo neste domingo (21).
Já o PSB está praticamente fechado em entregar os cargos que possui no governo na próxima segunda-feira (22). O editorial do jornal O Globo, publicado nesta sexta-feira (19), pela renúncia de Temer, pesou para os partidos. “Sem a Globo, o presidente não tem como sobreviver”, provocou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Redação VN