A sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que vai julgar a prisão de Aécio Neves teve iníciopor volta das 15h desta terça-feira (20/6). Os ministros da Primeira Turma analisam os recursos contra a decisão do ministro Edson Fachin de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do cargo, e o pedido de prisão do tucano, feito pela Procuradoria-Geral da República.
Os ministros deram início ao julgamento com a análise do pedido de habeas corpus de Menderson de Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrela, que foi decidido com placar de 3 a 2 e voto de desempate de Luiz Fux, determinando a prisão domiciliar de Menderson. Marco Aurélio Melo e Alexandre de Moraes também votaram a favor da liberação de Lima. Luís Roberto Barroso e Rosa Weber, contra.
“Está gravado, está filmado, todos viram o recebimento do dinheiro. Depois foi praticado a ocultação e a lavagem de dinheiro, Não há duvida quanto à materialidade e da autoria”, afirmou Barroso. A ministra Rosa Weber acredita que não há motivos para rever a decisão de Fachin e que há um “risco concreto de interferência na investigação decorrente de uma possível destruição de provas”.
A expectativa nos bastidores é de que Luís Roberto Barroso e Rosa Weber, que costumam ter votos “duros” na área penal, votem também pela prisão do senador afastado.
Os ministros da Primeira Turma – Marco Aurélio Mello, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux – também devem julgar os pedidos de revogação de ordens de prisão das defesas da irmã de Aécio, Andrea Neves, e do primo do tucano, Frederico Pacheco.
O relator da Lava-Jato no supremo, ministro Edson Fachin, negou, em maio, o primeiro pedido de prisão de Aécio Neves, baseado nas delações do grupo J&F. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez uma nova solicitação.
Com informações da Agência Estado.