O corretor e doleiro Lúcio Funaro acusou, em depoimento à Polícia Federal, o presidente Michel Temer de intermediar pagamento de R$ 20 milhões à campanha do ex-deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) e à campanha presidencial de 2014. O dinheiro seria oriundo de operações do FI-FGTS para as empresas LLX, na gestão de Fábio Cleto, à frente dos Fundos de Governo e Loterias do banco.
O corretor foi preso na Operação Sépsis, no dia 1.º de julho, com base na delação de Fabio Cleto, ex-vice presidente de Fundos e Loterias da Caixa, mas é investigado nas Operações Lava Jato, Patmos e Greenfield, como operador de propinas de Cunha.
Em seu depoimento, Funaro afirmou que “durante a gestão de Fábio Cleto junto à VIFUG foram efetuadas operações perante o FI-FGTS para as empresas BRVIAS e LLX as quais geraram comissões expressivas, no montante total aproximado de R$ 20 milhões, do qual se beneficiaram principalmente a campanha do ex deputado federal Gabriel Chalita para Prefeito de São Paulo no ano de 2012, e a campanha para Presidência da República no ano de 2014, sendo que ambas foram por orientação/pedido do presidente Michel Temer”.
A irmã do doleiro, Roberta Funaro, foi flagrada em ação controlada da Polícia Federal pegando R$ 400 mil em espécie do diretor de Relações Institucionais da J&F Ricardo Saud. O dinheiro, segundo delatores da JBS, seria destinado à compra do silêncio de Funaro.