A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) começa a discutir na manhã desta quarta-feira (12) a denúncia da Procuradoria-Geral da República segundo a qual o presidente Michel Temer cometeu crime de corrupção passiva no exercício do cargo. A sessão está prevista para começar às 11h.
Esta fase sucede a apresentação do parecer do relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que se manifestou a favor da aceitação da denúncia.
Por acordo feito entre representantes dos partidos na semana passada, todos os 66 titulares e 66 suplentes da CCJ podem falar por até 15 minutos cada.
Vinte deputados que não integram a CCJ e são a favor da denúncia e outros 20 não membros que são contra podem falar por até 10 minutos cada.
Além disso, os líderes partidários, de governo e da minoria podem falar. O tempo varia de acordo com o tamanho da bancada.
Se o acordo for cumprido, as discussões levarão mais de 40 horas.
A base aliada de Temer tem pressa e quer desfazer o acordo. Já existe um requerimento de encerramento de discussão a ser apresentado. “Quando a oposição judicializou, acabou qualquer acordo. Vamos tentar um [novo] acordo”, disse o vice-líder do governo Darcísio Perondi (PMDB-RS).
A oposição diz que não aceita novo acordo.
“O acordo original é não haver requerimento de encerramento de discussão e não vamos arredar pé. Queremos o debate. Vamos usar todas as vagas para falar”, disse o deputado Wadih Damous (PT-RJ).