Documentos guardados em um dos endereços do coronel aposentado da PM paulista João Baptista Lima Filho contêm valores associados a nomes de candidatos do PMDB, que sugerem atuação dele no repasse de recursos e materiais de campanha na eleição de 2014.
Amigo de Michel Temer há décadas, Lima Filho é um dos principais personagens da delação da JBS e foi apontado nos depoimentos como destinatário de propina enviada ao peemedebista, na eleição daquele ano, pela empresa.
Entre os documentos, que tratam de campanhas para deputado federal e estadual do partido no Estado de São Paulo, há agendas, listas dos candidatos, telefones de assessores, anotações para a distribuição de material gráfico e recados para a contabilização de gastos.
Em uma relação de 33 candidatos a deputados à Câmara, há anotações que dizem “24.000”, sem especificar do que trata essa inscrição –se dinheiro ou quantia de material, por exemplo.
Há também avisos anotados, ao lado dos nomes dos candidatos, como “chegou mais material”, “material está estocado”, “retirado na gráfica”, “vem buscar” e “cobrar recibo”.
Em ao menos dois casos, a frase “liberou sem recibo” está escrita à mão.
(247)