Durante a visita do governador de São Paulo Geraldo Alckmin, o deputado federal Bruno Araújo enfatizou que o PSDB de Pernambuco ficará em campo oposto ao PSB do governador Paulo Câmara e confidenciou que no dia 8 de dezembro a oposição composta por Armando Monteiro, Mendonça Filho, Fernando Bezerra Coelho e ele próprio estará reunida numa agenda que discutirá a segurança pública, que é, de acordo com pesquisas de opinião, o principal problema de Pernambuco.
A oposição segue cada vez mais afinada porque considera que o ciclo do PSB em Pernambuco está no fim, pois o partido não tem mais Eduardo Campos que era um político acima da média e completará em 2018 nada menos do que doze anos de poder. Na ótica dos opositores de Paulo Câmara, o modelo de gestão do PSB se exauriu e não há argumento consistente para que o partido consiga se sustentar por dezesseis anos no comando do estado.
Além da fadiga de material, os líderes da oposição avaliam que existe um deficit de liderança por parte do governador Paulo Câmara e por isso nada que ele venha dizer ou fazer conseguirá reverter a onda de rejeição ao seu governo. Há quem defenda, inclusive, que a coligação seja chamada de União por Pernambuco, uma vez que se trata da maior unidade já vista no estado desde que o PSB reconquistou o governo em 2006, reeditando a vitoriosa coligação que desbancou Miguel Arraes em 1998.
Há uma convergência de ideias e de projetos, onde Armando Monteiro e Bruno Araújo estariam inclinados a apoiar uma chapa encabeçada por Fernando Bezerra Coelho, também não se descarta que este grupo possa emplacar o ministro da Educação Mendonça Filho numa chapa presidencial como candidato a vice-presidente, pois se entende que o Nordeste tem força para indicar o nome e Mendonça representaria com louvor não só o seu partido como todas as forças convergentes de Pernambuco pelo excelente trabalho que vem desempenhando a frente do MEC, se tornando uma unanimidade positiva do governo Michel Temer.
A oposição ainda acredita que poderá atrair grupos flutuantes como é o caso dos prefeitos Anderson Ferreira, Professor Lupércio e Lula Cabral, que ainda não bateram o martelo sobre quem será o candidato apoiado por eles. Os líderes da oposição consideram que o PSB não conseguiu valorizar o tamanho político dos três prefeitos e por isso não trata com a atenção necessária que eles merecem.
A partir de 8 de dezembro o quadro ficará mais claro e muito provavelmente na primeira quinzena de janeiro os nomes da chapa majoritária da oposição estarão apresentados ao povo pernambucano para tentar fazer frente a hegemonia do PSB no estado.