O primeiro encontro oficial do novo palanque de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB), nesta segunda-feira (11), trará o primeiro round da disputa de 2018: um ataque sobre a crise da violência em Pernambuco. Dados não oficiais indicam que os homicídios em 2017 já ultrapassaram a marca histórica de 5 mil mortes no ano, um recorde histórico e negativo de um programa tão exitoso no passado.
O Pacto já foi o maior cartão de visitas do PSB e do falecido Eduardo Campos, na campanha presidencial de 2014. Agora, os senadores Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PMDB), o deputado Bruno Araújo e os ministros Mendonça Filho (DEM) e Fernando Filho (sem partido) vão usar a derrocada do programa como arma política contra o PSB.
Como reação prévia, Paulo Câmara, nas últimas semanas, fez uma série de anúncios na área metropolitana e interior de reforço do efetivo policial e mais batalhões. Esse é o tema que gera maior desgaste para o governo. Mas auxiliares de Paulo asseguram: pesquisas internas mostram que há uma reação do governo na área e isso ficará mais claro até março. Pode ser. Mas o primeiro round já será nesta segunda.
Estimativa
A oposição estima que vai juntar mais de 1.200 pessoas no Recife, no Arcádia do Paço Alfândega. A lista dos convocados inclui prefeitos, ex-prefeitos, deputados, empresários e lideranças ligadas a entidades setoriais.
Nomes da oposição ao PSB tratam o encontro em Caruaru, em agosto, como ensaio do bloco, pois o evento era do Ministério das Cidades. Amanhã será um ato 100% político. Houve convocação em massa de aliados para mostrar a força do bloco, que não inclui o ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), presente em agosto.
Para não ficar somente nos discursos políticos, o bloco de oposição pretende apresentar dados e estatísticas para corroborar a avaliação política do acumulado de problemas de Pernambuco relacionados à gestão do PSB.
PE Noticias