O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou um pedido de suspeição contra o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que foi apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido para que o juiz fosse afastado do caso ocorreu no processo que investiga a relação do político com o sítio na região de Atibaia, em São Paulo. O petista é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A decisão em manter Moro a frente do processo foi unânime. Os desembargadores Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus acompanharam o relator, desembargador João Gebran Neto. De acordo com a denúncia, Lula recebeu o sítio em forma de propina por ter influenciado em seis contratos firmados entre as construtoras OAS e Odebrecht com a Petrobras.
Além de Lula, outras 12 pessoas são investigadas neste caso. A propriedade foi registrada em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, que fazem sociedade com Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente.
A condenação de Lula
Em julho, Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a seis anos de prisão pelo crime de corrupção e mais três anos e meio por lavagem de dinheiro por encobrir um apartamento no Guarujá. As acusações alegam que Lula recebeu a propriedade como proprina da empreiteira OAS. No dia 24 de janeiro, os juízes da 8ª Turma Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) analisaram o recurso do ex-presidente. Os juízes mantiveram o decreto de Moro. Os desembargadores condenaram e aumentaram a pena do presidente para 12 anos e 1 mês de prisão.
Correio Braziliense