O nome de Maurício Rands (PROS) foi lançado neste domingo à noite como candidato a governador por uma coligação que reúne o PDT, PROS e Avante. As articulações para a formação do grupo surgiu a partir dos últimos acontecimentos, com a retirada pelo PT da candidatura de Marília Arraes.
A chapa majoritária terá a ex-vereadora do Recife Isabella de Roldão como vice e Silvio Costa (Avante) em uma das duas vagas para o Senado. O segundo nome ainda depende de articulações entre os apoiadores da coligação para ser definido.
O grupo se apresenta como uma “terceira via” – uma alternativa à polarização das eleições no estado, que estará dividida entre o palanque do governador Paulo Câmara (PSB), que tenta a reeleição, e do senador e candidato pelo PTB, Armando Monteiro Neto.
A definição do bloco, que deve ser palanque para Ciro Gomes no estado, só foi confirmada depois de um dia inteiro de reuniões e telefonemas entre dirigentes do PROS, Avante, PDT e ainda do PSB. A Frente Popular, liderada pelo por Paulo Câmara tinha a esperança de manter os pedetistas na coalizão. “Se não vierem, vamos para a disputa democrática”, disse Câmara no fim da convenção com os pessebistas. Na coligação, no entanto, Silvio Costa (Avante) apoia Lula, e o PROS nacional já definiu aliança com o OPT.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, havia determinado o desembarque da legenda da base de Câmara depois que declarou apoio ao ex-presidente Lula, condenado e preso pela Operação Lava Jato. Os petistas fecharam um acordo com o PSB para que o partido optasse pela neutralidade na disputa nacional, em troca rifaram a candidatura da vereadora do Recife, Marília Arraes (PT). O PSB, por sua vez, tenta impedir que o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda concorra com o governador mineiro, Fernando Pimentel (PT), que tenta a reeleição.
A princípio, cogitava-se nos bastidores a participação também da Rede, mas o partido pretende manter a candidatura de Júlio Lóssio a governador.
Segundo a Agência Estado, a vereadora do Recife, Marília Arraes (PT), que teve a candidatura retirada pelo partido, daria apoio ao bloco. A reportagem do Diario não conseguiu falar com a vereadora.
Pela manhã, Tulio Gadêlha, que deve concorrer a deputado federal pelo PDT, disse que com a saída de Marília da disputa pelo governo, “se faz necessário a criação de um grupo no campo da centro-esquerda” para tentar romper a polarização entre Paulo Câmara (PSB), que tenta a reeleição, e Armando Monteiro Neto (PTB).
Diário de PE