Será instalada, na próxima semana, a Frente Parlamentar, que visa a acompanhar e fiscalizar a execução dos orçamentos federal e estadual. O requerimento é de autoria do deputado Alberto Feitosa. A iniciativa veio na sequência da apresentação da PEC, também de autoria de Feitosa, que permite a parlamentares legislarem sobre matérias de ordem financeira e tributária.
Nos bastidores da Casa de Joaquim Nabuco, deputados têm definido as duas iniciativas como o retrato da insatisfação de governistas e oposicionistas em relação ao Palácio das Princesas. No início da semana, Feitosa subiu à tribuna para se queixar do governo que, na avaliação dele, é “desatencioso”. Feitosa registrou que a administração estadual não tem respondido documentos formalizados por parlamentares, assim como pleitos, ofícios e até requerimentos aprovados em plenário. O presidente Eriberto Medeiros reagiu e determinou que fosse feito um levantamento, informou que já havia encaminhado documento à Casa Civil pedindo atenção à causa, estendeu o pedido de ajuda ao líder do governo, Isaltino Nascimento.
À coluna, Feitosa assegura que segue na base, a despeito das referidas cobranças. “Mesmo enquanto secretário, eu tinha minhas posições. Você querer colaborar não é insubordinação“, argumenta. O deputado registra que indicações, aprovadas, ficam sem resposta.
“Fui secretário e respondia a todas”, sublinha. Feitosa tem sido cobrado por colegas para pôr em votação a PEC que permite a deputados propor leis que gerem despesas. Mas acertou como presidente da Unale, Kennedy Nunes, fazer um movimento nacional. Há deputados do Acre e de Sergipe atuando no mesmo sentido. Então, a instalação da frente é o que está no radar de forma mais imediata, reunindo governistas e oposicionistas em torno da mesma causa.
Folha de PE.