O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), ressaltou nesta quinta-feira (11), durante o lançamento do Plano Nacional de Segurança Hídrica em Petrolina (PE), a importância de uma “carteira de obras” para orientar os investimentos do governo. O senador lembrou a ausência de projetos para a construção de barragens, adutoras e sistemas de abastecimento de água no Nordeste quando assumiu o Ministério da Integração Nacional, em 2012.
“Não havia um projeto nas prateleiras dos órgãos federais. Por isso digo que a gente tem que gastar muito tempo e pouco dinheiro para elaborar projetos, para, depois, fazer obras de qualidade. Não importa se a gente vai inaugurar a obra. O que é importante é que a gente tenha um norte, uma carteira de obras definidas, que possa significar a prioridade de um governo, de um país, de uma população. E esse plano significa isso”, afirmou o senador.
Durante a solenidade, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, explicou que o Plano Nacional de Segurança Hídrica reúne 95 obras para elevar a oferta de água em todo o país até 2035. No total, o plano prevê investimentos de R$ 26,9 bilhões, sendo R$ 15,7 bilhões para o Nordeste.
“O plano é um diagnóstico das deficiências e riscos hídricos de todas as regiões. O que é mais crítico foi identificado. Chegamos a 95 intervenções. Hoje, o risco hídrico é mínimo ou baixo em 50% das regiões analisadas. Se o plano for implementado, nossa situação será muito diferente. Serão 11% em 2035”, disse o ministro ao lado do prefeito Miguel Coelho (PSB).
Esse diagnóstico, segundo o senador Fernando Bezerra Coelho, levou Pernambuco a receber o maior número de obras no Plano Nacional de Segurança Hídrica.
“Pernambuco não vai ganhar mais por causa da sua força política, mas porque tem a maior carência hídrica”, destacou.
Homenagem – O líder do governo acrescentou que o plano é um compromisso assumido pelo presidente Jair Bolsonaro para os cem primeiros dias de seu mandato, comemorados nesta quinta-feira em cerimônia no Palácio do Planalto. O ministro Gustavo Canuto, no entanto, defendeu que o lançamento fosse feito em Petrolina.
“O Plano Nacional de Segurança Hídrica é um sonho que Fernando Bezerra Coelho começou lá em 2012, quando assumiu o Ministério da Integração Nacional. Ele já tinha inteligência de saber que o Brasil precisa de um rumo. A escolha de Petrolina é sim para honrar a família Coelho. Minha sincera homenagem.”
Folha de PE