Em agenda no Recife, na manhã desta quinta-feira (23), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comentou o resultado da votação da Medida Provisória da reforma administrativa que retirou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das atribuições da sua pasta. Com 228 votos a 210, o órgão que ele considera estratégico no combate à corrupção voltará a ser da alçada do Ministério da Economia.
“Houve uma votação para uma maioria apertada que se decidiu pela volta do Coaf ao ministério da economia. Embora eu não tenha gostado, evidentemente, respeitamos a decisão do Parlamento”, disse Moro em entrevista coletiva após reunião na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).
Apesar de lamentar a decisão, o ministro destacou que o Conselho vai continuar fazendo o trabalho que sempre realizou: “o trabalho de inteligência em prevenção à lavagem de dinheiro, que é extremamente relevante para fins de prevenção e combate ao crime organizado e identificação de patrimônio criminosos, então a política de integração continua, ainda que ele fique em outra pasta”, afirmou.
A mudança sobre o Coaf foi votada nominalmente a pedido do PSL. Orientaram a favor da mudança do órgão para a Economia partidos como PT, DEM, PP, PR, Solidariedade, PSB, PDT, PSOL e PSC. Foram contra o Novo, PROS, PV e Cidadania, além do partido de Bolsonaro (PSL). A medida provisória visa confirmar a estrutura do governo implantada pelo presidente no começo do ano.
Na ocasião, ele reduziu a quantidade de ministérios de 29, como havia no governo Michel Temer (MDB), para 22. Se não tiver aval das duas Casas do Congresso, o presidente tem que retomar a configuração anterior.
Blog da Folha