O mundo político, jurídico e a sociedade começam a defender com ênfase uma reação contra a escalada ditatorial de Bolsonaro e a luta por seu afastamento entra na ordem do dia.
Informações da coluna Painel do jornal Folha de São Paulo mostram a reação à fala de Bolsonaro em que ataca o presidente da OAB e se refere em termos ofensivos ao episódio do assassinato do pai do dirigente pela ditadura militar em 1974.
No Judiciário, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) se solidarizaram com o presidente da OAB e consideraram que a fala de Bolsonaro sobre o assassinato de Fernando Santa Cruz “faz troça da dor alheia, algo inaceitável”.
De acordo com a coluna, deputados defendem que o Congresso avalie extinguir a figura das medidas provisórias e derrubar todo decreto em que Bolsonaro exorbitar de suas funções. A sensação que se generaliza no Congresso é que a vocação ditatorial de Bolsonaro fica evidente na sua retórica fascista e na tentativa de atropelar o parlamento com decretos e medidas provisórias.
Ainda no plano político, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, do PSDB, repudiou o discurso de Bolsonaro como “absurdo, inaceitável, incompatível com a República democrática”. Bruno é neto de Mário Covas (1930-2001), que teve os direitos políticos cassados pela ditadura.
Todas essas reações demonstram que o impeachment de Bolzonaro entra na ordem política para defender a democracia.
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