Em Lagoa Grande no sertão de Pernambuco, o prefeito Vilmar decretou estado de emergência no dia 02 de novembro através do decreto nº 045, alegando crise hídrica na Bacia do Rio São Francisco e, no entanto, o decreto não tem surtido nenhum efeito, pelo menos para a população do interior do município.
A atual gestão não tem usado o decreto para realizar emergenciais, o decreto tem servido apenas para desculpas esfarrapadas e não para realizar ações emergenciais, pois a situação no interior é precária e as ações básicas e minimas não vem sendo feitas.
A Secretaria de Agricultura do município População do interior estão sofrendo com a falta d´água porque não há carros pipas suficiente para atender, reclamam da falta de máquinas para limpar os barreiros, poços artesianos estão quebrados e, falta peças para manutenção dos mesmos, onde os agricultores estão sendo obrigados a comprar as peças e o pior, está tendo que pagar o carro para levar a equipe, um verdadeiro absurdo e desrespeito a população.
Outra situação de humilhação em que passa o agricultor é que após serem beneficiados com o cadastro de doação de palhas pela Agrovale, ao procurar a Secretaria de agricultura para solicitar um transporte para transportar essa palha, tem tido dificuldade de conseguir esse transporte. A alegação da secretaria não tem caminhão, está quebrado, outra vezes cobra o combustível.
Outro absurdo é que a secretaria vem cobrando dos agricultores R$ 20 reais para o almoço do motorista quando o mesmo vai a viagem até a Agrovale, quando na verdade, a prefeitura deveria pagar a diária ao servidor pra tais despesas, já que o mesmo está se deslocando do município. Uma verdadeira humilhação.
Existe associação do interior do município que envia as demandas a Secretaria de Agricultura e não é atendida, inclusive a Associação dos Caprinovinocultores de Lagoa Grande – ASCOLAG, está a mais de um ano com demandas para uma máquina e, outras demandas e não foi atendida até agora, inclusive teve agricultor que comprou o combustível como contrapartida e está esperando ser atendido.
“Eu estou com as mãos na cabeça, cheguei na minha roça hoje e, o resto da água do meu barreiro só dar até segunda e, vou ter que pagar uma máquina pra tirar a lama e comprar água de carro pipa para dar aos meus bichos, porque a gente pedi na secretaria de agricultura, pedi água e não vai, pedi uma máquina e, não somos atendidos”, esse foi o relato de um agricultor.