O ministro Sergio Moro (Justiça) tem uma aprovação superior à do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a de seus colegas de Esplanada dos Ministérios. De acordo com pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 9, o ex-juiz federal tem 53% de avaliação positiva (ótimo/bom), enquanto 23% dos entrevistados consideram sua gestão à frente da pasta regular e 21%, ruim ou péssima.
Apesar de a taxa de rejeição do governo de Bolsonaro ter diminuído no final de seu primeiro ano de mandato, o presidente ainda não alcança Moro na aprovação. Aqueles que classificam a gestão de Bolsonaro como ótima ou boa é de 30%. Já quem avalia como regular é de 32% e como ruim ou péssima é de 36%. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais.
Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, também têm um resultado de aprovação melhor do que Bolsonaro. Damares ocupa a vice-liderança de aprovação, com 43% de ótimo/bom, seguida por Guedes, com 39%. Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Abraham Weintraub (Educação) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) também tem avaliação melhor do que Bolsonaro.
As piores avaliações do alto escalão do governo são de Weintraub (31% de ruim/péssimo) e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (28% de ruim/péssimo). Weintraub também é o ministro menos conhecido do governo — 32% dos entrevistados dizem saber quem ele é.
De olho em 2022
Pesquisa eleitoral exclusiva VEJA/FSB, publicada na última edição de VEJA, mostra que Bolsonaro, Moro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva darão o tom da disputa em 2022. Moro empata tecnicamente, em segundo turno, com o atual presidente (36% a 36%), mas supera com folga em um segundo turno com o petista — com 48% contra 39%.
A avaliação do ex-juiz permaneceu estável desde julho, quando teve aprovação de 55%. Moro sofreu desgastes após os diálogos vazados relacionados à Lava Jato. O ministro também teve derrotas no Congresso e no Supremo, como a aprovação do texto-base do pacote anticrime sem as suas principais bandeiras defendidas e a votação que barrou a prisão em segunda instância.
A pesquisa do Datafolha ouviu 2.948 pessoas em 176 municípios de todo o país. As entrevistas foram feitas pessoalmente, em locais de grande circulação. O instituto afirma que o nível de confiança dos resultados é de 95%.
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