Pernambuco: Após protesto, policiais civis decidem não parar durante Carnaval

Protesto dos policiais civis no Centro do Recife

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) realizou um protesto na frente do Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, na área central do Recife, nesta terça-feira (18). Por volta das 13h, uma comissão foi recebida pela Casa Civil e Secretaria de Administração para uma negociação. Em votação, o sindicato decidiu suspender o movimento e não vão paralisar durante o Carnaval. Uma nova rodada de negociações ficou marcada para 11 de março.

Entre as reivindicações da categoria estão reforço no efetivo da corporação, pagamento de horas extras e um reajuste salarial de 33%. O trânsito ficou interditado nas proximidades da ponte Princesa Isabel e em todo o acesso à sede do Governo do Estado.

“Somos uma das polícias, dentre as unidades da federação, que mais trabalham na elucidação de crimes. Passamos o ano de 2019 tentando sensibilizar o Governo para tentar uma saída que não trouxesse transtornos para a população”, afirmou o vice-presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti.

Cavalcanti confirmou ainda que tem se discutido a possibilidade de fazer uma paralisação durante o Carnaval. “Os nossos pontos de pauta são bem claros e conhecidos. Assim que sairmos, se a postura do Governo não for efetiva, podemos paralisar as atividades a partir da próxima sexta-feira [21]”, declarou.

O que diz a SDS-PE

Em nota, a Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) informou que o Supremo Tribunal Federal decidiu, em 2017, pela inconstitucionalidade das greves por parte dos policiais civis e demais servidores públicos que atuam diretamente na segurança pública.

“A SDS acredita na responsabilidade e no compromisso de todo o seu efetivo no sentido de garantir a proteção e o bem-estar social. Vale lembrar ainda que o Governo de Pernambuco mantém um canal de diálogo aberto com a categoria, com avanços importantes obtidos por meio da mesa de negociação. Casos que infrinjam a legislação vigente e normas internas das corporações serão, como de praxe, analisados pela Corregedoria Geral da SDS”, disse a corporação no texto.

Folha de PE

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