O ministro Luís Roberto Barroso foi eleito nesta 5ª feira (16.abr.2020) presidente do TSE (Tribunal Supremo Eleitoral). Em discurso, Barroso disse que trabalha com a possibilidade de adiamento das eleições em 2020 “pelo prazo mínimo indispensável”.
O ministro sucederá Rosa Weber na presidência da corte eleitoral. Weber conduziu as eleições presidenciais de 2018; a Barroso, cabe conduzir as municipais de 2020.
“Ainda é cedo para nós termos uma definição se a pandemia vai impor o adiamento das eleições, mas é uma possibilidade com a qual nós evidentemente já trabalhamos”, disse. “Se não houver condições, nós evidentemente teremos que considerar o adiamento pelo prazo mínimo indispensável para que elas possam realizar-se com segurança”.
As eleições municipais, onde são eleitos prefeitos e vereadores de municípios, seriam realizadas em outubro de 2020. A possibilidade de adiamento se deve à pandemia do coronavírus: com a circulação de pessoas, a doença teria 1 cenário propício para se espalhar.
Defendendo o “prazo mínimo indispensável”, Barroso afastou a possibilidade de 1 adiamento mais longo: “conforme pude conversar com cada um dos nossos colegas, nós não apoiamos cancelamento de eleições para que elas venham a coincidir em 2022. […] Assim que as condições de saúde pública permitam, nós queremos realizar as eleições”.
Também destacou que qualquer alteração na data das eleições precisaria do aval do Congresso. “O tribunal, por mim mesmo e pelos demais ministros, vai ter o cuidado de estabelecer uma interlocução necessária com o Congresso Nacional, com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, com o presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre”.
ESTREIA NO TWITTER
Na mesma manhã em que foi eleito, Barroso abriu uma conta no Twitter. Segundo ele, a ideia é “na medida do possível, participar do debate público”.
Poder 360