Ex-governador da Paraíba, Wilson Braga, morre nove dias depois da esposa, ambos por coronavírus

Wilson Braga, ex-governador da Paraíba durante a Ditadura Militar, morreu neste domingo (17) por coronavírus, nove dias após a esposa, a ex-deputada Lúcia Braga, também falecer pela doença.

O casal estava internado desde o dia 1º de maio no Hospital Nossa Senhora das Neves, em João Pessoal, onde foram diagnosticados com coronavírus. Aos 85 anos, Lúcia, primeira mulher a ser eleita deputada federal pela Paraíba, morreu no dia 8 de maio.

Na manhã deste domingo (17), Wilson, de 88 anos, que estava na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) precisou ser entubado, mas não resistiu e morreu.

Além de político, Wilson Braga foi advogado, empresário e escritor. Entre as suas publicações, estão obras voltadas à temática rural, como ‘O Homem do Campo’, ‘O Nordeste é problema nacional’, ‘O Nordeste e a seca’ e ‘Consequências da importação de algodão pelo Brasil’.

Assassinato de jornalista
Wilson Braga foi investigado como mandante do assassinato do jornalista do Correio da Paraíba, advogado e empresário Paulo Brandão, morto a tiros em dezembro de 1984, quando deixava o prédio da antiga fábrica Polyutil, que funcionava às margens da BR-101 Sul, em João Pessoa. No local também funcionava um escritório administrativo do Sistema Correio de Comunicação.

Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil, com o então delegado Janduy Pereira designado em caráter especial para investigar o crime. No entanto, seis meses depois, não havia nada de concreto na investigação, apesar dos fortes indícios de autoria material e intelectual, que incluía inclusive o nome do então governador, Wilson Braga, como suposto mandante.

Meses depois, a PF indiciou o coronel da PM José Geraldo Soares de Alencar, conhecido como “Coronel Alencar”, à época chefe da Casa Civil do Governo do Estado, o sargento Manoel Celestino da Silva, o subtenente Edilson Tibúrcio de Andrade e o cabo José Alves de Almeida, conhecido como “cabo Teixeira”.

Segundo a Polícia Federal, o coronel Alencar foi quem planejou o crime, executado pelos outros três militares.

Com informações do Portal Correio

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