Líder do governo Jair Bolsonaro, o senador Fernando Bezerra Coelho protagonizou uma reunião, em Brasília, ontem, que juntou o ex-governador Mendonça Filho, o ex-senador Armando Monteiro Neto e o deputado federal Daniel Coelho. À coluna, ele adianta o seguinte: “A unidade está muito próxima. Acredito que a que Oposição poderá se pronuciar de forma unida até sábado”. Segundo o senador, a conversa na Capital Federal pode não ter sido necessariamente decisiva, “mas foi muito boa” e, “daqui para sábado”, o grupo deve avançar no entendimento. Depois que a delegada Patrícia Domingos formalizou sua pré-candidatura pelo Podemos, Daniel Coelho e Mendonça seguiram no páreo e figuram ambos ainda como pré-candidatos à Prefeitura do Recife, mas o objetivo dessa ala é chegar a um denominador comum por uma questão de estratégia eleitoral. Como as articulações nesse sentido se estenderam, uma bolsa de apostas chegou a dar conta, recentemente, nos bastidores, de que um tercius poderia surgir como solução. Ventilou-se, inclusive, no nome de André Ferreira, líder do PSC na Câmara Federal. E houve quem apostasse que o impasse correria até 27 de setembro, prazo para realização das convenções. Fernando Bezerra Coelho, no entanto, garante que “existe disposição para o diálogo” entre Mendonça e Daniel. E reforça: “Acredito que, até sabado, a gente vai poder agregar, unir, somar esforços para apresentar proposta que vai sensibilizar a população do Recife para inaugurar um novo ciclo na política do Estado”. Fernando diz que, agora, “engrenou” e que a disposição de discutir unidade, seja em torno de Daniel Coelho, seja em torno de Mendonça, existe. “É o que a gente espera: que possa ser apresnetada uma única proposta”, arremata.
Mendonça vai a Ramos
O ex-governador Mendonça Filho tem feito contato com diversos ministros, a exemplo de Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), entre outros. Tem procurado coletar subsídios. Ontem, fez a ponte com área política do governo Bolsonaro. Esteve com o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos.
Articulação > Mendonça foi a Ramos na companhia do senador Fernando Bezerra Coelho. Tratou do quadro político e eleitoral na Capital pernambucana. O democrata já havia apresentado projeto de triplicação da BR 232 ao ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e reforçou a importância de resolver trânsito na entrada e saída do Recife a Ramos.
Identidade > Pelas pesquisas que oposiconistas tem em mãos, Mendonça Filho é o candidato do conjunto que se enquadraria na direita e guardaria mais identidade com a gestão Bolsonaro, cuja popularidade elevou-se. Mendonça tem defendido que alguns projetos exigiriam articulação com o governo federal.
Reserva > Após a reunião da Executiva Nacional do PDT, ontem, com as bancadas da Câmara e do Senado, ficou decidido que o debate sobre o Recife ficaria para reunião, via videoconferência, às 20h30, só com Túlio Gadêlha, Carlos Lupi e o presidenciável Ciro Gomes.
op > Ex-prefeito do Recife, João da Costa quer retomar o Orçamento Participativo, uma das marcas de gestão do PT na capital, caso seja reeleito para a Câmara Municipal. O petista destaca que o OP é uma importante ferramenta de escuta popular e que foram investidos mais de R$ 500 milhões em obras nos quatro anos. Ele espera que a futura gestão municipal possa reativar o projeto.
Folha de PE