A primeira pesquisa do Instituto Potencial sobre a corrida sucessória em Petrolina aponta uma vitória fácil do prefeito Miguel Coelho (MDB) logo no primeiro turno. Se as eleições fossem hoje, ele teria impressionantes 73% das intenções de voto contra apenas 8% do pré-candidato do PT, Odacy Amorim, e 7% do pré-candidato do PSD, Júlio Lóssio Filho. Gabriel Menezes, que disputa pelo PSL, é o preferido por 3% e Vinicius de Santana, do PCdoB, pontuou apenas 1%.
Petrolina talvez seja a única cidade do País na qual os eleitores não querem votar em branco ou anular o voto de jeito nenhum. Dos entrevistados, apenas 1% manifestou intenção de anular o voto e 0% de voto em branco. O número de indecisos também é muito baixo, de apenas 7%. Na sondagem espontânea, na qual o entrevistado é forçado a lembrar o nome do candidato sem o auxílio da lista com todos os postulantes, Miguel também está disparado: 64% das intenções de voto.
O petista Odacy Amorim foi citado por 4%, Júlio Lóssio Filho 1% e Gabriel Menezes também 1%. Quanto à rejeição, Júlio Lóssio Filho lidera. Dos entrevistados, 55% disseram que não votariam nele de jeito nenhum, seguido por Odacy, com 48%, Vinicius 45% e Gabriel 41%. Miguel tem apenas 8% de rejeição, posição extremamente confortável para um gestor que vai à disputa pela reeleição colocando o seu Governo em julgamento pela população.
A pesquisa foi a campo entre os dias 21 a 26 deste mês, sendo aplicados 600 questionários, com margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95%. Segundo a metodologia, a amostra é representativa dos eleitores da área pesquisada (Petrolina, áreas urbana e rural), e foi selecionada da seguinte forma: Em primeiro lugar foram definidos estratos com base nas zonas (agregação por bairros), e todos os estratos foram investigados, sendo o número de entrevistas em cada uma proporcional ao tamanho da população (IBGE).
A partir daí, são selecionados aleatoriamente os bairros de cada estrato (zonas). Em seguida, é feita a seleção aleatória do(a) entrevistado(a) utilizando-se quotas em função da ponderação das variáveis gênero e idade. Para a ponderação foram utilizadas informações do TSE – Julho 2020 e delimitação dos estratos (zonas) por bairros conforme definição oficial. Para as variáveis de grau de instrução e renda mensal familiar do entrevistado, serão considerados os resultados obtidos no processo aleatório definido para a realização das entrevistas. O número de registro no TSE é 04103/2020.
Estratificando o levantamento, as maiores taxas de intenção de voto de Miguel estão entre os eleitores jovens (91%), entre os eleitores com grau de instrução superior (81%) e entre os eleitores com renda familiar acima de cinco salários (83%). Por sexo, os percentuais são iguais – 73% homens e 73% mulheres. Já Odacy tem suas maiores indicações de voto entre os eleitores na faixa etária acima e 60 anos (12%), entre os eleitores com grau de instrução fundamental II (11%) e entre os eleitores com renda familiar até dois salários (9%). Por sexo, 9% são homens e 7% mulheres.
AVALIAÇÃO DE GESTÃO
O Instituto Potencial, que é de Salvador (BA), sondou ainda os entrevistados sobre o grau de satisfação com os três níveis de poder – federal, estadual e municipal. A gestão de Miguel tem quase a unanimidade da população, 87%, representando a soma dos que consideram ótimo e bom. Tem mais 11% de regular e apenas 1% de ruim e péssimo.
Já o Governo Paulo Câmara, que ainda não definiu em que palanque subirá em Petrolina, tem apenas 24% de aprovação e igual percentual de reprovação, enquanto 44% julgam regular. Bolsonaro, por fim, tem aprovação de 26% dos entrevistados e reprovação de 41%, enquanto 30% consideram regular.
OBSERVAÇÃO
Por um lapso do questionário, o levantamento não incluiu o nome do médico Marcos Heridijânio, que deve disputar pelo Psol. Entretanto, seu nome também não foi citado na espontânea, primeiro modelo na pesquisa apresentado aos entrevistados.
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