A estratégia do senador Fernando Bezerra Coelho e de seu grupo político de lançar uma candidatura a governador de centro-direita para apoiar o presidente Jair Bolsonaro, em 2022, de cara já “expulsa” desse palanque nomes de peso da oposição à Frente Popular. É praticamente impossível que o ex-senador Armando Monteiro, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, e o deputado federal Daniel Coelho peçam votos para o presidente em qualquer hipótese.
Filiado ao PSDB, Armando Monteiro ingressou no partido presidido por Raquel Lyra após ter perdido o comando do PTB em Pernambuco para o bolsonarista Coronel Meira, que, por sinal, já anunciou via imprensa que a legenda deve ter candidato ao Palácio do Campo das Princesas. Armando e Raquel certamente se juntarão no plano nacional ao candidato tucano à Presidência, seja ele o governador de São Paulo, João Doria, ou qualquer outro nome do tucanato.
Daniel Coelho, que comanda o Cidadania em Pernambuco, é outro que não caminhará com Bolsonaro. Seu partido pode ir de Luciano Huck, caso o apresentador opte por deixar a Globo e se lançar na disputa presidencial (“loucura, loucura”). Daniel, inclusive, sempre adotou a postura de fazer muitas críticas e cobranças à atual gestão federal.
Se quiser ter essas forças apoiando seu filho, Miguel Coelho, para governador de Pernambuco, FBC terá de ter muito jogo de cintura para administrar interesses locais com o jogo de poder nacional. A outra opção é dividir a oposição batendo o pé em relação à candidatura do prefeito de Petrolina e ao endosso a Bolsonaro. Tarefa, vale salientar, bastante complicada tem o senador.
Fala PE