O ‘não’ do MDB e o peso de Miguel Coelho no jogo da sucessão

A notícia de que a liderança do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Pernambuco decidiu que a legenda vai continuar na Frente Popular surpreendeu o mundo político pernambucano. No Interior do Estado o assunto gerou debates e incertezas. O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, acreditava que o MDB pudesse se desassociar do PSB e abraçar um processo de candidatura própria. Em nota, ele lamentou a decisão: “Lamento, ao mesmo tempo respeito a escolha da direção estadual do MDB. Sigo ao lado da esperança de mudança em Pernambuco”, declarou.

Miguel disse ainda que irá manter os debates para a construção de uma nova direção estadual. “Manteremos com todas as nossas forças e de forma respeitosa o debate pela construção de um novo Pernambuco. Mesmo que a direção estadual de nosso partido tenha decidido manter o MDB onde está, num projeto que nada mais tem a oferecer, apenas a desesperança”, afirmou.

Por todo o Interior as manifestações ao prefeito de Petrolina foram de incentivo, e uma ala forte já conversa no sentido de pressionar para que Miguel mantenha o projeto migrando para um partido de oposição. Mas as coisas não se resolvem assim na política, e o prefeito conhece o terreno.

Miguel deve digerir essa decisão com calma e articular sua movimentação. O certo é que o jovem prefeito se preparou para esse momento e construiu alianças importantes para o projeto de oposição no Estado. Se o PSB considera que o ato foi um xeque-mate capaz até de atrair os Coelhos para o seu palanque, nessa parte o tiro pode ter saído pela culatra.

Blog do Carlos Brito

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