Líder do Governo Bolsonaro no Senado, o pernambucano Fernando Bezerra Coelho vai guerrear dentro da executiva nacional do MDB para reverter a decisão monocrática do presidente estadual, Raul Henry, de negar a legenda ao prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, filho do senador, para disputar o Governo do Estado nas eleições do ano que vem. Uma fonte bem próxima ao presidente do diretório nacional, Baleia Rossi (SP), garante que são altíssimas as chances de FBC dar o troco.
É que, disputando com candidato próprio o Palácio do Campo das Princesas, o MDB tem condições de eleger entre três a quatro deputados federais e igual número para Assembleia Legislativa. Já batendo continência para o PSB, como deseja Henry, não elege nenhum candidato, nem mesmo o próprio Henry, que, para tentar se manter na Câmara Federal, só lhe restaria a alternativa de mudar de partido.
Em Pernambuco, o MDB, segundo visão de Baleia, está num processo de esvaziamento que tende a ser irreversível, se prevalecer a tese de Henry. Hoje, o partido só um deputado federal e um deputado estadual, 13 prefeitos e pouco mais de 100 vereadores. “Para um partido que já esteve no poder, com a maior bancada federal e a maior estadual, além da maioria expressiva dos prefeitos, um retrocesso atroz”, diz essa mesma fonte ligada a Baleia.
Henry está levando o MDB a calvar uma sepultura coletiva quando nega a legenda a Miguel e se alia ao PSB, pois além de não eleger candidatos proporcionais, tende a perder também espaço na chapa majoritária do PSB, já que os socialistas, em razão da aliança nacional em torno da candidatura de Lula ao Planalto, priorizarão o PT na montagem da chapa.
Isso é fato lógico, mas Henry, com o aval de Jarbas, seu guru e padrinho político, no ocaso da carreira, prefere se abraçar com a morte. Único deputado estadual da legenda, o ex-prefeito de Caruaru, Tony Gel, já mandou avisar que não vai participar do suicídio coletivo, estando de olho em outra legenda para disputar a reeleição.
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