Seguindo a análise da eleição para Assembleia Legislativa, hoje, a Coluna FalaPE vai trazer os deputados estaduais de mandato que devem ter mais de 40 mil votos e menos de 50 mil. Aqueles que figuram bem, mas ainda sem a reeleição cravada – claro que isso vai depender de uma série de coisas impossíveis de se medir neste momento. A avaliação será por ordem alfabética para evitar ciumeira. Lembrando que esse resultado é fruto de uma apuração feita em todo o estado, ouvindo os próprios parlamentares, prefeitos, lideranças e acompanhando o feedback das redes sociais.
Presbítero da igreja, Adalto Santos, não está tão bem no segmento, mas sua votação deve ultrapassar os 40 mil votos. O jovem Aglailson Victor perdeu a Prefeitura de Vitória de Santo Antão, máquina do pai, Aglailson Júnior, mas também deve se manter em um patamar superior aos 40 mil votos. Ao contrário deles, o sertanejo, Antônio Fernando, está muito bem consolidado no Araripe e segue crescendo fora daquela região. Tem tudo para sair maior das urnas.
Tendo obtido 38 mil votos na eleição passada, Álvaro Porto crescerá bem sua votação. Forte no Agreste Meridional, o deputado tem a esposa, Sandra Porto, prefeita de Canhotinho, e o filho, Alvinho Porto, governando Quipapá. Alessandra Vieira, por sua vez, teve 45 mil votos na eleição passada, mas perdeu em Santa Cruz do Capibaribe, onde o marido, Edson Vieira, era prefeito. Porém, ela tem conquistado pequenas bases, inclusive na Mata Sul.
Clóvis Paiva vem muito bem e, certamente, superará os 37 mil que conseguiu sem nenhum prefeito na última eleição. Paiva é apoiado por bases fortes como o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém, além das prefeituras de Altinho e São Caetano, por exemplo. Doriel Barros, egresso do voto sindical e do petismo, perdeu força, mas será bem votado.
O folclórico Francismar Pontes, avesso às redes sociais e à imprensa, tem um trabalho de base na Zona Norte do Recife fundamental em toda sua trajetória. Sua votação não só passará dos 40 como deve encostar na marca de 50 mil votos. Já Diogo Moraes, que passou por muitos problemas de saúde neste mandato, deve permanecer na casa dos 40 mil.
De base bolsonarista e com muitos adeptos entre os policiais militares, Joel da Harpa não tem um mapa de prefeituras, mas seu nome é forte na corporação; o que vai assegurar a ele uma boa votação. Simone Santana também perdeu alguns espaços. Contudo, terá uma votação robusta.
Romero Albuquerque é um craque quando o assunto é montar eleição. Depois de eleger-se com 29 mil na última, adotando o discurso da causa animal, o parlamentar fez a esposa, Andreza, vereadora no Recife com mais de 12 mil votos. Para sua reeleição à Alepe, Romero vai, com certeza, pipocar sua votação, investindo na sua fórmula de sucesso.
Roberta Arraes sairá muito bem votada no Araripe, além de ter crescido em todo estado. Vindo de base evangélica, William Brígido tende a manter os cerca de 46 mil que teve no último pleito.
Por fim, deixamos para falar do decano da Casa de Joaquim Nabuco: Manoel Ferreira. Com idade avançada, o pai dos Irmãos Ferreira pode não concorrer à reeleição, sendo substituído pelo genro Fred Ferreira, atual vereador do Recife. Independente de quem seja o nome da família, entretanto, a máquina eleitoral dos Ferreira certamente dará ao seu candidato bem mais de 40 mil votos.
FalaPE