No papel cabe tudo. Agir para colocar em prática é onde está o X da questão. É assim que as sucessivas gestões socialistas vêm conduzindo o Estado. De tempos em tempos, o governo lança um projeto estruturador aqui, outro acolá, no entanto, tirá-los do papel, que é o que interessa, a conversa já muda de figura.
Ontem, o governador Paulo Câmara reuniu secretários e chefes dos poderes para anunciar mais um plano de desenvolvimento para Pernambuco, o Projeto Retomada, que prevê investimentos de R$ 5 bilhões até o fim de 2022.
À primeira vista, uma proposta “ambiciosa”, de encher os olhos de qualquer pernambucano, principalmente quando aponta a geração de 130 mil novos empregos, quando contempla o investimento em 258 obras e em áreas como malha viária, abastecimento de água, saneamento e educação.
Mas quem acredita nisso tudo?
Essa é a pergunta a ser feita diante de mais um “programa” do governo voltado para o desenvolvimento do Estado. Pelo histórico do PSB, estamos diante de mais um projeto forte candidato a ser lançado e, na sequência, abandonado pelo Executivo estadual. E exemplos não nos faltam. Rapidamente, na lista dos que ficaram pelo caminho, é possível citar o Projeto de navegação do Rio Capibaribe, a construção das barragens na Mata Sul e a implantação do BRT.
E o que dizer do programa Caminhos de Pernambuco? Anunciado pelo governo, em 2019, como o maior programa de reestruturação da malha viária estadual, não passou de mais uma promessa para inglês ver. Quem percorre as estradas pernambucanas sabe bem o que precisa enfrentar cotidianamente. Obras prometidas, que mal saíram do papel.
Não será o mesmo partido que condenou Pernambuco à estagnação que irá reinserir nosso estado nos trilhos do desenvolvimento. O povo pernambucano já compreendeu que, para atingir novos resultados, necessita buscar um novo caminho. Precisamos abandonar o clube do Powerpoint e da fantasia para reencontrar o verdadeiro potencial da nossa terra e da nossa gente, que é ilimitado.
A Oposição aponta como alternativa um modelo de gestão que enxugue a máquina estatal através de reformas estruturantes e privatizações a fim de que possamos redirecionar os esforços do governo estadual aos que mais precisam. Aqui falamos dos estudantes das universidades estaduais que frequentam estruturas decadentes; das mães pernambucanas que enfrentam indignidades na rede estadual de saúde; do pai de família que perdeu o senso de segurança em sua terra. Dialogamos com pessoas reais; não judiamos o papel com números fictícios. Pernambuco tem tudo para ser um grande estado. Nós o faremos um!