RIO DE JANEIRO (Reuters) – A deputada federal cassada Flordelis foi presa nesta sexta-feira acusada de arquitetar a morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, dois dias depois de a ex-parlamentar perder o mandato por quebra de decoro.
Flordelis nega ter tido qualquer envolvimento na morte do marido, que foi assassinado com mais de 30 tiros na garagem da casa da família em Niterói (RJ), em junho de 2019.
O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que sustenta que Flordelis idealizou a morte do marido a tiros depois de várias tentativas frustradas de envenená-lo.
Pouco antes de ser levada pelos agentes da polícia, a ex-deputada postou um vídeo em uma rede social. “Olá gente, chegou o dia que ninguém desejaria chegar. Estou indo presa por algo que eu não fiz, por algo que eu não pratiquei. Eu não sei para quê, mas estou indo com força e com a força de vocês”, disse.
A defesa de Flordelis informou que vai recorrer na segunda-feira contra a prisão, que considerou “Totalmente arbitrária”.
“Ela compareceu em todas audiências e estava com tornozeleira eletrônica. É a ditadura do Judiciário”, disse o advogado Anderson Rollemberg.
A ex-deputada e outras 10 pessoas foram denunciadas no ano passado pelo assassinato de Anderson do Carmo. Durante as investigações, a polícia e MP apontaram Flordelis como a mandante do crime, mas ela não teve sua prisão pedida por ter imunidade parlamentar. A cassação esta semana abriu espaço para a prisão.
(Isto É)