O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentou uma ação ao STF (Supremo Tribunal Federal) em que pede a derrubada da lei que prevê a concessão de indenização a profissionais de saúde que ficarem incapacitados devido a sequelas causadas pela Covid-19.
O Executivo afirma na ação que a lei não define “critérios seguros” para o pagamento da indenização e “tem colocado em xeque o equilíbrio das contas públicas, comprometendo o cumprimento de metas fiscais”.
A AGU também critica os termos da lei. O órgão afirma que, “embora se compreenda as razões de mérito da norma impugnada”, o texto aprovado é “extremamente impreciso ao estabelecer os beneficiários da compensação financeira e as hipóteses que acarretariam o direito a essa indenização”.
O órgão demonstra preocupação com o fato de haver uma “quantidade crescente de ações judiciais propostas por profissionais de saúde ou seus herdeiros” requerendo a indenização.
“O efeito multiplicador dessas demandas tem potencial de gerar um vultoso passivo judicial contra a União”, afirma.
Caso a lei não seja anulada, o governo pede que a corte estabeleça que o benefício condicionado à disponibilidade orçamentária do governo para honrar esse compromisso.