O governo de Pernambuco confirmou os primeiros casos da variante ômicron no estado. Nesta sexta (7), o secretário Estadual de Saúde, André Longo, disse que, das 80 amostras coletadas entre novembro e dezembro de 2021, 21 delas, ou 26%, foram positivas para essa linhagem da Covid-19. O estado disse que não foi registrada nenhuma morte por causa dessa variante . Nas outras 59 amostras analisadas pelo laboratório, 73% foram da variante delta. Por meio de pronunciamento em vídeo, Longo afirmou que a confirmação foi feita a partir da análise feita pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE) de material biológico de pacientes confirmados para a doença. Veja abaixo onde foram registrados casos de ômicron.
Região Metropolitana
Recife (14) Jaboatão dos Guararapes (1)
Agreste
Caruaru (1) Frei Miguelinho (1) Garanhuns (1)
Sertão
Lagoa Grande (1) Petrolina (1)
Fernando de Noronha (1)
Os pacientes tinham entre 1 e 67 anos. As faixas etárias são: 0 a 9 (3), 20 a 29 (3), 30 a 39 (4), 40 a 49 (6), 50 a 59 (2) e 60 e mais (3). De acordo com análises de sistemas de informação, apenas um caso (homem, 67 anos, de Lagoa Grande, vacinado com duas doses) precisou de internação em leito de enfermaria, mas já recebeu alta. Os casos de ômicron foram registrados em doentes do Recife, Região Metropolitana, Sertão do São Francisco e Agreste, além de Fernando de Noronha. No pronunciamento, André Longo afirmou que a confirmação da ômicron é uma preocupação mais para as autoridades de saúde do estado, por “causa do maior potencial de contaminação”. Diante disso, o gestor declarou que a Covid-19 ainda é uma ameaça. “Nossa principal aliada para a proteção da vida são as vacinas”, declarou. Segundo o secretário, para se imunizar contra a ômicron é preciso ter tomado ao menos a segunda dose de vacina. “Contra a ômicron, ter apenas uma dose é o mesmo que estar desprotegido”. De acordo com o governo, mais de 500 mil pessoas ainda estão sem a segunda dose de vacina contra a Covid em Pernambuco. “Há, portanto, risco agravado de contrair a forma grave da Covid-19″, disse. No pronunciamento, André Longo ressaltou, ainda, que as pessoas precisam entender a necessidade da dose de reforço, principalmente quem tem mais de 60 anos, com doenças pré-existentes ou com baixa imunidade. “Alguns meses após as duas primeiras doses, há uma queda de nível dos anticorpos e, assim, a proteção fica prejudicada. O reforço vem para proporcionar o aumento da quantidade de anticorpos no organismo, aumentando a proteção e reduzindo a chance de cada pessoa se infectar ou se reinfectar”, declarou. Segundo levantamento do estado, em Pernambuco, 40% dos idosos que tomaram as duas primeiras doses ainda precisam tomar o reforço para ter uma proteção mais robusta contra a variante ômicron “São mais de 500 mil pessoas que precisam do reforço”, disse. Gripe O secretário André Longo também afirmou que, em virtude da circulação da Influenza A (H3N2), é preciso redobrar os cuidados com o controle da Covid. “A introdução da ômicron, em meio a esta epidemia de influenza, é uma situação que só reforça a necessidade do cuidado individual. O reforço no uso da máscara, na lavagem das mãos e a atitude de evitar aglomerações são ações que salvam vidas”, disse. De acordo com o gestor, quem tiver sintomas de gripe deve fazer o teste da Covid-19 e, em seguida, manter o isolamento e usar a máscara, mesmo dentro de casa. “A atitude de cada um de nós será determinante para reduzir a circulação da ômicron em Pernambuco”, finalizou.
G1.