Sem que Bolsonaro cresça, o Centrão começa a abandoná-lo

Está ruindo por toda parte, e não só no Nordeste, o apoio de partidos do Centrão à pretensão de Jair Bolsonaro de se reeleger.

Os líderes do PP, PL e Republicanos teimam em dizer que o apoio continua de pé, mas não têm forças para assegurá-lo.

Compreendem que não podem obrigar seções estaduais dos partidos a respeitarem acordos que eles fizeram por cima.

Eleições passam, mas os partidos devem permanecer. Os poderosos chefões não querem se indispor com suas bases.

São Paulo, o maior colégio eleitoral, é um bom exemplo. Ali, é Rodrigo Garcia (PSDB), candidato ao governo, que atrai o Centrão.

Gilberto Kassab, presidente do PSD, ainda não decidiu se adere desde já a Lula ou se só no segundo turno, se houver.

No PT, conta-se com um convite que Lula fará em breve a Kassab para que faça parte do comando de sua campanha.

Sem admitir até agora que será candidato, Lula vai aos poucos escalando seu ministério caso se eleja.

A chamada terceira via não dá sinais por enquanto de que será capaz de romper a polarização entre Lula e Bolsonaro.

O voto espontâneo nos dois, revelado pelo eleitor sem que lhe mostrem lista de candidatos, parece cada vez mais consolidado.

Só um fato imprevisto, e de grandes proporções, será capaz de dar um novo rumo à eleição presidencial de outubro próximo.

Se não liquidar a eleição no primeiro turno, Lula enfrentará Bolsonaro no segundo.

 

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