Ao piorar as previsões de inflação deste ano, o Ministério da Economia passou a prever quase R$ 100 de aumento no salário mínimo em 2023, para R$ 1.310, devido às novas projeções do Boletim MacroFiscal, divulgado nesta quinta-feira (19/5), pela Secretaria de Política Econômica (SPE).
Atualmente, o piso salarial está em R$ 1.212, e, com a previsão para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano, passando de 6,70%, em março, para 8,10%, a correção do mínimo será de R$ 98 no próximo ano.
No projeto de Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano que vem, enviado no mês passado pelo Ministério da Economia ao Congresso e que precisa ser aprovado pelo Legislativo, o salário mínimo previsto é de R$ 1.294.
“Como sabemos, a inflação alta neste momento é uma situação global”, disse o chefe da SPE, Pedro Calhman, que citou a guerra da Ucrânia como um dos motivos para a alta de preços generalizada ao justificar a piora nas projeções de inflação.
No Boletim, o órgão elevou de 6,55% para 7,90% a previsão para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano. Além disso, manteve em 1,5% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e não alterou a estimativa de expansão da economia em 2023.
“Enquanto o mundo tem revisado para baixo as previsões de crescimento global, o mercado tem revisado para cima as estimativas de crescimento do PIB brasileiro”, pontuou Calhman. Além da recuperação de serviços, ele destacou a recuperação dos investimentos em bens de capital como um dos fatores que têm apresentado melhora da economia e no mercado de trabalho.
CB