Número de armas liberadas pela PF dobra no país

O número de novas armas liberadas pela Polícia Federal (PF) disparou no Brasil durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Foram 108 mil novos registros em 2021, contra 40 mil em 2018, antes do atual governo. O número do primeiro semestre de 2022 já ultrapassa o de 2018. Os dados foram obtidos pelo jornal Folha de S.Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação.

A flexibilização das normas editadas pelo governo federal aumentou o acesso às armas. Já foram 19 decretos, 17 portarias, duas resoluções, três instruções normativas e dois projetos de lei modificando as regras.

Na gestão de Bolsonaro, o cidadão comum teve acesso a outros calibres. No caso da pistola, as novas normas liberaram, por exemplo, os calibres .40 e 9mm, antes restrito às Forças Armadas.

O advogado sul-mato-grossense Marcos Pollon tem mais de 100 mil seguidores no Instagram, onde defende a causa armamentista no Brasil. Mas o ativismo do tema tem demandado muito mais do que a vida on-line. Como fundador da Pró Armas — associação privada, sem fins lucrativos, que promove ações destinadas a garantir o direito à legítima defesa e a liberdade de acesso a armas de fogo para os civis —, ele é frequentador assíduo de Brasília e atua na defesa da pauta nos corredores e nas sessões da Câmara e do Senado.

“Houve uma transformação social expressiva, principalmente por conta da informação distribuída. O presidente está sempre tocando nesse tema, deu a importância devida a essa pauta. Infelizmente, os políticos brasileiros sempre colocaram isso em segundo plano, e o presidente trata como prioridade. Houve uma desburocratização significativa. Um ponto que gosto de ressaltar foi a alteração de calibre. Desde Getúlio Vargas, o cidadão não poderia ter nada além do 380, que é uma pistola de calibre armênio, que não é eficaz para legítima defesa. O presidente reformou isso, que é importante para que as pessoas possam se defender de maneira razoável e tem efetividade numa eventual reação armada.”

Nesta entrevista, Marcos Pollon admite que a Associação Nacional de Rifles (NRA) dos Estados Unidos é uma inspiração para a atuação dentro da política e da sociedade. O advogado também diz acreditar que sua batalha é cultural e envolve a disputa de narrativas.

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