A coligação da candidata ao governo de Pernambuco Marília Arraes (SD) entrou com uma ação contra o adversário Danilo Cabral (PSB) no Tribunal Regional Eleitoral com o pedido de cassação da sua candidatura e de sua inelegibilidade por oito anos.
Arraes acusa Cabral de utilizar a máquina pública a seu favor de forma indevida. A ação se baseia no relato de um suposto esquema em que funcionários comissionados do governo estariam escalados para atuar como voluntários no dia da eleição em favor do candidato do PSB.
O vazamento de uma lista de servidores foi repercutido pela mídia local. A campanha de Cabral, porém, nega as acusações e disse desconhecer a origem do documento que circula no estado.
“A estrutura foi organizada de forma cirúrgica, tendo individualizado e dissecado as estatísticas e a geografia de cada Zona Eleitoral, com exposição de quantidade de locais de votação, de seções, de eleitores, de voluntários a serem disponibilizados nas respectivas localidades, bem como também o número de carros disponíveis para locomoção dos funcionários públicos e/ou terceirizados”, acusa a campanha de Arraes.
O pedido se estende à vice-candidatura de Luciana Santos (PCdoB) e ao governador Paulo Câmara (PSB). A chapa de Cabral é indicada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o governo de Pernambuco, mas Arraes, que é ex-petista, também se declara como apoiadora do ex-presidente.
De acordo com pesquisa Ipec, Arraes está na frente das intenções de voto, com 33%, e Cabral aparece com empate técnico com outros três candidatos, em 11%.
Carta Capital