A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta terça-feira (25) uma operação para desarticular um grupo criminoso formado por servidores públicos do município de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. De acordo com a PF, o grupo é especializado em fraudar os processos de concessão do Programa Casa Verde Amarela, o antigo Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, para beneficiar parentes e pessoas próximas, além de comercializar as unidades habitacionais.
Foram cumpridos mais sete mandados de afastamento cautelar das funções públicas e 16 mandados de busca e apreensão nos estados da Bahia e Pernambuco, em razão da atuação perene dos servidores públicos investigados. Mais de 70 policiais federais participaram da ação.
Segundo a PF, as investigações mostram que, entre junho de 2020 e julho de 2021, foram cometidas diversas fraudes no âmbito dos processos administrativos relacionados ao Programa Casa Verde e Amarela, consistentes na falsificação de documentos, atesto de informações inexistentes, bem como a inobservância dolosa dos requisitos legais para concessão da habitação. Estima-se que as fraudes geraram um prejuízo de aproximadamente R$ 17 milhões aos cofres públicos.
De acordo com a polícia, os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, corrupção passiva, prevaricação, e fraude contra o sistema financeiro, cujas penas somadas pode chegar a 37 anos de prisão.
A PF informou que vai continuar com a investigação na tentativa de elucidar a real amplitude da suposta associação criminosa, bem como identificar outros integrantes.
Tempo Perdido
A operação foi batizada de ‘Tempo Perdido’, pois as fraudes foram cometidas no Residencial Novo Tempo, em Petrolina. O nome Tempo Perdido, segundo a PF, faz alusão à ideia de que as pessoas que se inscreveram para tentar conseguir uma residência, somente perderam seu tempo, além, é claro, de a finalidade do empreendimento ter sido desvirtuada.
G1