Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, encontrou um caminho para acalmar o mercado, a entidade que passa o dia com os nervos à flor da pele com qualquer sinal que não o agrade, mesmo que seja só isso: um sinal.
Ao apresentar os nomes que vão compor a equipe econômica de transição unindo dois liberais com dois desenvolvimentistas – André Lara Resende, Nelson Barbosa, Guilherme Mello e Persio Arida -, Alckmin apontou um caminho “nem tão ao mar nem tão a terra” na área econômica.
Ou… nem tão ao Lula do primeiro mandato, nem tão à Dilma do segundo, o que mais atemoriza o mercado financeiro.
Questionado se seriam visões antagônicas, o vice-presidente eleito imediatamente respondeu “complementares”. “É importante ter num grupo técnico visões que se complementam, se somam. É uma fase transitória para discutir, elaborar propostas, definir questões”.
Depois, ainda falou o lulês de forma clara e em alto em bom som para o país inteiro ouvir:
“O que é mais urgente é a questão social. Garantir o Bolsa Família de R$600 reais. Implementar os R$150 para família que tem criança com menos de 6 anos. Por que? Porque se a gente for identificar a pobreza absoluta, a fome, onde a questão social é mais grave é justamente nessa família com criança pequena”.
Trata-se do primeiro grande acerto de Geraldo Alckmin na transição de governo: mostrar que existe no Brasil um caminho do meio. Para tudo, inclusive.
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