Reserva Silvestre do Tatu Bola volta a ser tema de debate em Lagoa Grande. O assunto tem gerado preocupação aos agricultores

Nesta quarta (09), agricultores, liderança comunitárias, vereadores. Secretários do município de  Lagoa Grande(PE), estiveram reunidos com representantes do governo do estado através da Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável,  Agencia de Defesa do Meio Ambiente (Adma) para debater o Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Tatu-bola, localizado nos municípios de Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina e possui uma área de 110.110,25 hectares e foi titulado em março de 2015, através do decreto nº 41.546.

Os representantes do CPRH, fizeram uma explanação sobre as categorias de reservas explicando cada uma e também responderam perguntas dos agricultores.

Desde 2015 os agricultores de Lagoa Grande lutam juntamente com os municípios de Santa Maria da Boa Vista e Petrolina mudar a categoria da RVS de integral para sustentável.

O decreto do estado proíbe o uso da terra para fins de qualquer atividade produtiva por parte dos agricultores familiares e assentados da reforma agrária, que moram na área.

O decreto foi criado pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, em março deste ano, com o objetivo de preservar a fauna e a flora em uma área de 110 mil hectares nos três municípios. Mas, os proprietários dessas áreas temiam perder as propriedades.

Em novembro de 2015, após audiências públicas e reivindicação dos três municípios, houve uma anulação feita pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema). A Recategorização do refúgio foi solicitada para uma Área de Proteção Ambiental (APA), de 110 mil hectares, com sub-áreas específicas de proteção integral em setores do perímetro onde não há produção agropecuária, conciliando com a produção agrícola e a conservação da Caatinga.

No entanto, o decreto ficou congelado e a decisão que seria encaminhado para o governador  Paulo Câmara, para que um Projeto de Lei fosse  enviado para a Assembleia Legislativa do Estado não aconteceu.

Votado e aprovado na Alepe, seriam iniciados estudos mais detalhados para definir os mosaicos de proteção integral, que precisam ser implantados no perímetro da APA.

Nos últimos meses, o assunto tem tirado o sono dos agricultores que foram atingidos  pela reserva e estão prejudicados sem ter acesso a linhas de créditos nos bancos o que vem gerando  preocupação aos agricultores que temem perder  suas terras para o estado.

Também na última terça-feira(08), agricultores, poder legislativo e executivo estiveram reunidos com representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (SEMAS).

Lagoa Grande é a área mais atingido com 50.5%, Petrolina 28.8% e  Santa Maria da Boa Vista 25.7%.

Também estiveram representando Santa Maria da Boa Vista, o vereador  Jorge do Futuro e STR.

A reunião foi realizada na Câmara de Vereadores  de Lagoa Grande e nos próximos dias o Conselho de Desenvolvimento  Rural Sustentável estará formando uma comissão para junto com Santa Maria da Boa Vista e Petrolina estar indo a Recife para discutir com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado, governador Paulo Câmara e a Assembleia legislativa(Alepe) para ser feito a readequação do decreto como a suspensão ou a criação de um novo decreto que seja de comum acordo com as condições de convivência e as atividades dos agricultores em suas propriedades.

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