Um dos grandes ícones do vôlei brasileiro, Isabel Salgado, de 62 anos, foi nomeada na segunda-feira, 14, para compor a equipe de transição do presidente eleito Lula na pasta do esporte, anúncio realizado pelo vice-presidente da chapa Geraldo Alckmin. Dois dias depois, a jogadora olímpica morreu de parada cardíaca, na madrugada da quarta-feira, 16, em decorrência da síndrome aguda respiratória do adulto, uma doença rara, após ter sido internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. No mesmo dia em que foi nomeada, Isabel marcou presença em uma reunião virtual, mas foi internada depois de se sentir mal.
A cineasta Paula Barreto, que produzia um projeto com ela para o streaming, relata os momentos de mal-estar da atleta. “Ela estava super gripada. Na noite da segunda, ela passou mal e foi levada ao hospital na manhã do dia seguinte. O quadro dela piorou rapidamente. Detectaram uma bactéria que havia tomado todo o pulmão dela. Ela foi entubada e não resistiu”, conta.
Maria Isabel Barroso Salgado nasceu no Rio de Janeiro e foi revelada no vôlei pelo Flamengo. Em sua carreira no esporte, que passou pelas quadras e competições na areia, ela fez história sendo a primeira jogadora brasileira a atuar na Europa. Nos anos de 1980 e 1984, ela participou de duas Olimpíadas, vestindo a camisa da seleção, em Moscou e Los Angeles, respectivamente. Já em 1994, ela conquistou o título mundial do esporte, ao lado de Roseli Timm. No ano de 2016, a jogadora foi uma das pessoas a carregar a tocha olímpica, no Rio, cidade na qual os Jogos foram realizados.
Isabel é mãe de cinco filhos, dentre eles, Maria Clara Salgado, Pedro Solberg e Carol Solberg, todos atletas bem-sucedidos no vôlei de praia.
O presidente eleito Lula prestou solidariedades à família da Isabel Salgado. A líder nacional do PT, Gleisi Hoffman, lamentou a morte da jogadora. Ana Moser também foi às redes lastimar a perda da atleta.