Auxílio Brasil: TCU aponta que governo incluiu indevidamente 3,5 milhões de famílias no programa

Tribunal de Contas da União (TCU) apontou falhas no Programa Auxílio Brasil (PAB), criado em dezembro de 2021 pelo governo de Jair Bolsonaro para substituir o Programa Bolsa Família (PBF). Segundo um parecer da equipe técnica, houve pagamentos indevidos na inclusão de 3,5 milhões de famílias em agosto, que não atendiam aos critérios do programa. O TCU ainda considerou o Auxílio Brasil mais caro e menos eficiente do que o Bolsa Família.

Segundo as contas, o custo-efetividade para reduzir um ponto percentual do hiato de pobreza proporcionado pelo Auxílio Brasil foi estimado em R$ 1,72 bilhão mensal. Já o custo do Bolsa Família foi calculado em R$ 1,43 bilhão.

Em outras palavras, o pagamento de parcelas per capita (por pessoa) tende a aproveitar melhor os recursos aplicados para retirar as famílias da pobreza do que o pagamento de valor único por família”, indicou estudo do Tribunal.

O tribunal explicou que o Auxílio Brasil beneficia famílias menores e estimula a fragmentação de núcleos formados apenas por adultos, gerando registros individuais e declarações distorcidas sobre composição familiar no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. Isso porque o valor pago (R$ 600) é o mesmo para famílias com vários integrantes e para pessoas que moram sozinhas, distorção que prejudica crianças e adolescentes, que formam público prioritário do programa.

O alerta do TCU ocorre no momento em que o futuro governo negocia com o Congresso Nacional a aprovação da “PEC de Ttransição” para dar continuidade ao pagamento do benefício em seu valor atual, que passou a ser de R$ 600, e não mais de R$ 400, em agosto, às vésperas das eleições. O adicional de R$ 200 tem previsão de recursos orçamentários somente até o fim deste mês.

Via Extra.Globo.com.

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