A visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, a convite do presidente chinês Xi Jinping, ganha importância global em meio às incertezas sobre o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, que completou um ano em fevereiro, mas a expectativa de analistas é de que a pauta econômica e comercial esteja mais em evidência durante a turnê do petista pelas cidades de Pequim e Xangai entre os dias 26 e 31 deste mês.
A ida de Lula para China, marca a reaproximação do Brasil com o seu maior parceiro comercial, após uma série de trapalhadas no campo diplomático pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), cujo filho número 3, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), chegou a culpar o país asiático pela pandemia da covid-19.
Analistas lembram que o Brasil, atualmente, é muito mais dependente da China do que o contrário. Os dois países são parceiros comerciais desde 2009, e a parceria estratégica ocorre desde 1993, ou seja, há 30 anos. Essa aliança tornou-se global em 2012, ano em que a corrente de comércio — soma das exportações e das importações — entre os dois países era de US$ 75,4 bilhões, e, no ano passado, esse volume dobrou, para o patamar recorde de US$ 150 bilhões, com um saldo comercial favorável ao Brasil, de US$ 28,7 bilhões, abaixo dos US$ 40,2 bilhões registrado no ano anterior, outro recorde histórico, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
O momento da visita presidencial também coincide com a reabertura do país asiático para o mundo, após o afrouxamento das regras de tolerância zero para a covid-19, em uma onda de revisões para cima do crescimento da economia global por conta disso, pois as novas projeções voltaram a prever a China crescendo acima de 5%.
A Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou de 2,2% para 2,6% a estimativa do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e dos países do G20, grupo das 19 maiores economias desenvolvidas e em desenvolvimento do planeta, mais a União Europeia (UE). Essa nova projeção, divulgada recentemente, reduziu de 1,2% para 1% a previsão para o crescimento do PIB do Brasil e aumentou de 4,6% para 5,3% a expectativa de avanço do PIB chinês.
A visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, a convite do presidente chinês Xi Jinping, ganha importância global em meio às incertezas sobre o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, que completou um ano em fevereiro, mas a expectativa de analistas é de que a pauta econômica e comercial esteja mais em evidência durante a turnê do petista pelas cidades de Pequim e Xangai entre os dias 26 e 31 deste mês.
A ida de Lula para China, marca a reaproximação do Brasil com o seu maior parceiro comercial, após uma série de trapalhadas no campo diplomático pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), cujo filho número 3, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), chegou a culpar o país asiático pela pandemia da covid-19.
Analistas lembram que o Brasil, atualmente, é muito mais dependente da China do que o contrário. Os dois países são parceiros comerciais desde 2009, e a parceria estratégica ocorre desde 1993, ou seja, há 30 anos. Essa aliança tornou-se global em 2012, ano em que a corrente de comércio — soma das exportações e das importações — entre os dois países era de US$ 75,4 bilhões, e, no ano passado, esse volume dobrou, para o patamar recorde de US$ 150 bilhões, com um saldo comercial favorável ao Brasil, de US$ 28,7 bilhões, abaixo dos US$ 40,2 bilhões registrado no ano anterior, outro recorde histórico, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
O momento da visita presidencial também coincide com a reabertura do país asiático para o mundo, após o afrouxamento das regras de tolerância zero para a covid-19, em uma onda de revisões para cima do crescimento da economia global por conta disso, pois as novas projeções voltaram a prever a China crescendo acima de 5%.
A Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou de 2,2% para 2,6% a estimativa do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e dos países do G20, grupo das 19 maiores economias desenvolvidas e em desenvolvimento do planeta, mais a União Europeia (UE). Essa nova projeção, divulgada recentemente, reduziu de 1,2% para 1% a previsão para o crescimento do PIB do Brasil e aumentou de 4,6% para 5,3% a expectativa de avanço do PIB chinês.
A pauta de exportações do Brasil para os chineses é dominada por produtos de commodities agrícolas e minerais, com soja, minério de ferro e petróleo respondendo por mais da metade, 74% do total embarcado em 2022 com destino à China. Entre janeiro e fevereiro deste ano, esse percentual continua elevado e respondeu por 66% do total das exportações para o país asiático.
“Faz todo sentido o presidente brasileiro ir à China, porque é o principal parceiro comercial do país e é o destino de uma importante fatia das exportações brasileiras (de 26,7% em 2022). O novo governo Lula é mais favorável à inserção do Brasil no cenário internacional, uma das poucas coisas coerentes desse terceiro mandato é a política externa. O resto é um desastre”, afirma o economista Simão Silber, professor da Universidade de São Paulo (USP).
Na avaliação de Silber, o Brasil é mais dependente da China, que voltará a crescer acima de 5%, do que o contrário. “A China é um país com que todos querem fazer negócio, e o Brasil, também precisa fazer mais negócios com os chineses”, destaca o professor da USP. Não à toa, o governo brasileiro sinaliza que tem interesse em diversificar a pauta exportadora, que é focada em commodities agrícolas e minerais e, nesse sentido, a viagem tem como objetivo ampliar a parceria para o processo de reindustrialização.
O governo brasileiro tem interesse em derrubar o embargo à carne bovina e diversificar a pauta comercial entre os dois países e focar mais em parcerias voltadas para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento industrial e tecnológico, com foco na reindustrialização, uma das prioridades da agenda do novo governo, de acordo com o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
CB