Nesta quarta-feira (10), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) apresentaram o relatório anual sobre violações à liberdade de expressão. Casos de assassinato, violência não letal e importunação sexual à profissionais da comunicação aumentaram. Segundo a Abert, o Brasil é um “ambiente tóxico à atividade jornalística”.
Os assassinatos contra jornalistas voltaram a aparecer no relatório. O crime cometido contra o jornalista britânico Dom Philips e o indigenista Bruno Araújo foi um dos citados. Em dez anos que o estudo é feito, só em 2019 e 2021 houve registro de homicídio.
Em 2022, a cada dois dias, um profissional de imprensa sofreu algum tipo de violência não letal. Houve 137 registros de 212 profissionais. As denúncias incluem agressão física, ofensas, intimidações, ameaças, ataques/vandalismo, importunação sexual, injúria, atentados, sequestro, censura e roubo/furto.
Apesar de não liderar a lista de crimes como em 2021, as agressões verbais continuam sendo um problema grave. Os principais autores são políticos e autoridades públicas.
Relatos de importunação sexuais também apareceram no mapa da violência. Os casos aconteceram principalmente em coberturas esportivas na Região Sudeste, com 75%. As jornalistas relataram beijos sem consentimento, mensagens anônimas e vídeos de cunho sexual.
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