Gerou muita repercussão no Interior do Estado o fato de a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) ter prendido dois vereadores da cidade de Santa Terezinha, no Sertão do Pajeú, na manhã de ontem (10), durante a Operação ‘Conluio’. Os dois parlamentares foram presos pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva e fraude à licitação.
Os presos foram o ex-presidente da Câmara de Vereadores, Adalberto Gonçalves de Brito Júnior, conhecido como Doutor Júnior, e o vereador Manoel Grampão. Uma terceira pessoa também foi presa, mas não teve o seu nome revelado. Todos foram encaminhados até a delegacia da cidade de Afogados da Ingazeira, também no Pajeú.
Foi ainda levada à delegacia a tesoureira da casa legislativa, identificada como Gorete Soares. Outras buscas foram realizadas na Câmara e Prefeitura local. O atual presidente, Neguinho de Danda, forneceu os documentos solicitados, especialmente na área de licitações.
Foram cumpridos ainda nove mandados de busca e apreensão domiciliar, todos expedidos pelo Juízo da 2ª Vara da Comarca de São José do Egito.
De acordo com a PCPE, a investigação foi iniciada em setembro de 2021. Na execução da operação foram empregados 70 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. Outros detalhes da operação serão divulgados pela PCPE.
Por todo o interior o fato gerou uma inquietação grande entre os políticos. Quem tem teto de vidro pode estar tremendo até agora, e não apenas em Santa Terezinha. Outros municípios da região também podem estar envolvidos no mesmo esquema.
Em nota, a defesa dos vereadores e da servidora diz que todos serão inocentados.
“De acordo com os advogados que representam os vereadores Adalberto Gonçalves de Brito Júnior (Dr. Júnior) e Manoel Gonçalves da Silva (Manoel Grampão), e a servidora pública Maria Gorete Alves Soares, seus clientes receberam com perplexidade a operação da Polícia Civil deflagrada na manhã desta quarta-feira (10), uma vez que sempre pautaram suas vidas com retidão e ética, fato este que é reconhecido no meio público ao qual interagem. Os vereadores e a servidora pública acreditam na lisura da Justiça e têm certeza que, ao final das investigações, serão inocentados”, frisa a nota.
Blog do Carlos Brito