O senador Zequinha Marinho confirmou, na manhã deste sábado 3, que deixou o PL, partido de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, para se filiar ao Podemos. A troca de legendas ocorre após Marinho ser o único integrante da legenda a votar com o governo Lula (PT) na medida provisória que reestruturou os ministérios.
Ao site UOL ele explicou que sua saída não foi exatamente motivada pelo voto junto ao governo. Ele alega que decidiu deixar a sigla no dia 19 de maio, após mudanças no regimento do PL que enfraqueceram os presidentes de diretórios estaduais. Naquele momento, ele comandava a legenda no Pará e viu seu poder de decisão passar para as mãos dos deputados federais. Sem o comando regional no PL, optou em ir ao Podemos.
“Essa resolução, com esse tipo de procedimento, nos fez tomar a decisão de buscar outro espaço para trabalhar”, justificou ao site. “Eu não vou brigar com ninguém, os incomodados que se mudem”, completou.
O voto junto ao governo, porém, ainda veio pelo PL, contrariando a decisão da bancada. Ele só comunicou sua saída no dia 31 após a sessão que analisou e aprovou a MP dos ministérios no Senado. Oficialmente a troca só foi chancelada na noite de sexta-feira 2. Ele foi o único integrante da legenda bolsonarista a votar com Lula. No Podemos, apenas Marcos do Val, aliado de Bolsonaro, votou contra, todos os demais senadores foram orientados a acompanharem o governo.
Com a mudança, o Podemos tem agora cinco senadores. O PL, por sua vez, passa a ter 11 integrantes na Casa.
Carta Capital