O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) formou maioria hoje para tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível. O placar está em 4 a 1 contra o ex-presidente —faltam dois votos.
O que aconteceu
A ministra Cármen Lúcia é a primeira a votar no quarto dia de julgamento. No início de sua fala, ela já adiantou que iria acompanhar o voto do relator, ou seja, ser a favor da inelegibilidade do ex-presidente por oito anos —a contar das eleições de 2022.
Durante seu voto, a ministra afirmou que Bolsonaro não respeitou nem o Poder Executivo e que o ex-presidente agiu para “solapar” o sistema eleitoral brasileiro.
Faltam votar o ministro Kassio Nunes Marques e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. A expectativa é que Nunes Marques seja contrário a inelegibilidade do ex-presidente —ele tem sido pressionado por bolsonaristas.
O ministro Raul Araújo, único a ir contra o relator até o momento, não está presencialmente na sessão. Segundo Moraes, o colega acompanha o julgamento “por videoconferência”.
Bolsonaro é investigado pela reunião com embaixadores. Nela, ele atacou, sem provas, a credibilidade do sistema eleitoral. O encontro foi transmitido pela estatal TV Brasil, em julho de 2022.
O segundo investigado, ex-candidato à vice, general Braga Netto, já foi absolvido por 5 votos —na opinião dos ministros, ele não tem relação direta com o encontro.
Uol