A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu, na última quinta-feira (21), um gerente de um posto de combustíveis suspeito de estelionato. A voz de prisão se seu após os policiais verificarem que o estabelecimento abastecia os veículos com uma quantidade menor do que a informada na bomba. O caso aconteceu na Rodovia Niterói-Manilha (BR-101), em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
O flagrante aconteceu no início da noite, quando agentes da 2ª Delegacia da PRF, de Niterói, levaram a viatura a um posto para completar o tanque. A fraude foi descoberta porque o visor da bomba indicava 81,66 litros de diesel. No entanto, a capacidade máxima do tanque, segundo o manual do proprietário é de 76 litros.
Diante da suspeita, foi solicitado ao frentista que realizasse o teste no balde de aferição de 20 litros, regulamentado e aferido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Finalizado o teste, a bomba informava ter dispensado 20 litros no interior do recipiente, contudo, ao verificar a régua de aferição, havia uma quantidade menor do que a informada no visor digital da bomba.
A fraude é conhecida como “bomba baixa”, pois o consumidor paga por uma quantidade de litros, mas o tanque recebe menos combustível. O gerente do estabelecimento comercial foi encaminhado para a delegacia. A ocorrência foi registrada na 73ª DP (Neves).
Golpe da bomba baixa
O golpe da bomba baixa se tornou uma prática corriqueira em postos de combustíveis com comerciantes de má fé. Alguns sistemas já se sofisticaram a ponto de a bomba reduzir envio de volume a partir do vigésimo litro, para não ser detectado no teste do galão de 20 litros do Inmetro. Outra tática destes postos é o controle remoto que ativa e desativa o golpe, para evitar flagrante da fiscalização.
Teste do galão
Muita gente não sabe, mas todo consumidor pode pedir, a qualquer momento, que seja aferido o teste do galão de 20 litros e um funcionário capacitado a realizar o teste durante todo período de funcionamento do posto, conforme determina a ANP. Todo posto é obrigado a ter o recipiente homologado pelo Inmetro. O galão deve conter o nível calibrado e lacrado pelo Inmetro.
Os postos também devem ter as provetas para aferição de densidade, temperatura e percentual de mistura de álcool na gasolina. Em caso de suspeita, é um direito do consumidor solicitar os testes.